A seleção colombiana é bem mais do que o talento de James. É, desde a entrada de Pekerman, um coletivo consistente e equilibrado em todos os setores. Ainda assim, o antigo jogador do FC Porto marcou a última edição do Mundial, com grandes golos e exibições que lhe valeram a transferência para o Real. Agora, sem o fator surpresa, como se irão comportar Los Cafeteros?
Desde a grande festa no Brasil, uma ou outra coisa mudou, principalmente no eixo defensivo. A Colômbia passou de uma das duplas de centrais mais velhas da competição (Zapata e Yepes juntos resultava em 65 anos) para uma das mais jovens, com Sanchéz (22) e Mina (23) a convencerem o selecionador. Do meio-campo para a frente, a mesma dinâmica e um sistema diferente, que privilegia...James.
Do outro lado, estará mais uma equipa asiática, e o Japão traz uma base de outras grandes competições, com Kagawa e Honda a liderarem um ataque móvel, rápido e criativo. As turmas deste continente, por norma, são traiçoeiras no momento ofensivo, há laterais que dão profundidade, mas a consistência atrás aparece como uma grande interrogação.
Se é certo que já passaram quatro anos, é impossível a equipa sul-americana não querer resgatar as sensações do Brasil, depois de um brilharete que terminou com lágrimas de James. Ele, mais do que qualquer um, traz fome de bola para a Rússia.