Para uma e para outra seleção o caminho neste Mundial é tortuoso. Num grupo com um México que já fez sensação nesta primeira jornada e uma Alemanha a quem é exigida reação imediata, tanto Suécia como Coreia do Sul sabem que as hipóteses de apuramento não são as melhores, mas existem. E uma vitória neste primeiro jogo permitiria encontrar os dois favoritos nas rondas seguintes com outro espírito.
A necessidade de um bom resultado neste encontro levou já a algumas criativas manobras na ante-câmara do encontro. A primeira foi da Suécia, que colocou um observador numa casa às portas do treino dos sul-coreanos em solo austríaco, de telescópio e câmara de filmar em punho.
A Coreia do Sul respondeu com manobras de antiespionagem: nos treinos de preparação o selecionador trocou os números nas camisolas dos jogadores, porque «é muito difícil para os ocidentais distinguir entre asiáticos». No meio de tudo isto, quem tirou os melhores apontamentos?
A sombra de Zlatan Ibrahimovic paira sobre a seleção sueca, que pela primeira vez desde 2006 irá jogar um Mundial. E logo sem a grande figura da história do futebol no país. Foi sem Zlatan, porém, que os suecos afastaram a Itália (e a Holanda, porque não dizer?) no caminho para a Rússia, e é com uma equipa coesa que aspiram surpreender neste grupo.
A equipa sueca sabe que não se pode dar ao luxo de facilitar neste jogo. Com futebol bonito ou, mais provavelmente, eficaz sem especial brilho, pontuar é fulcral.
Já lá vão os tempos de Park Ji-Sung e agora é outro nome que concentra as atenções: Son Heung-Min integrou na perfeição o Tottenham, mas na seleção tem outra responsabilidade. É à volta do número 7 que anda o jogo sul-coreano, embora jovens avançados como Lee Seung-Woo ou Hwang Hee-Chan surjam como trunfos adicionais da equipa asiática.
É altura de a nova geração mostrar o que vale nos grandes palcos, porque com uma seleção de apenas um jogador é quase impossível surpreender.