Moussa Marega apenas conseguiu ser bem-amado no FC Porto na última temporada, na qual teve um papel preponderante na equipa campeã nacional, pela mão de Sérgio Conceição. Precisamente o técnico que foi responsável pela permanência do maliano no Dragão...
«Se Nuno tivesse ficado, teria feito tudo para sair do FC Porto. Isso teria sido difícil para mim, porque tenho um respeito enorme por este clube. Mas o Nuno foi-se embora e chegou o Sérgio. Já o conhecia, conheci-o quando jogava no Marítimo. Tentou levar-me para o Nantes porque gostou de mim. Assim que assumiu o comando técnico do FC Porto, ligou ao meu empresário e disse-me que eu ia ficar. Deu-me confiança, fui uma aposta dele e acho que fui uma aposta ganha. Fez de tudo para me fazer sentir bem, integrado, confiante. Nos treinos, sempre que fazia um passe, mesmo que fosse de cinco metros, ele encorajava-me. Quero agradecer tudo o que fez por mim. Devo-lhe esta época, a ele, aos meus colegas e aos adeptos. Ter uma música com o meu nome é...», afirmou em entrevista à SFR Sport, contando ainda como foi a sua primeira passagem pelo FC Porto.
«Cheguei ao FC Porto em janeiro de 2016. Fiquei muito feliz por assinar por um clube tão grande. Para mim, era uma honra, um orgulho. Os primeiros quatro meses deixaram-me um pouco desgostoso com o futebol. Eu era o pequeno jogador de que todos se riam. Adeptos, até uma certa imprensa gozou comigo. Foi um momento muito difícil. Depois chegaram as férias e decidi colocar o destino nas minhas mãos. Contratei um treinador, Fabien Delporte, que trabalhou o físico mas também o aspeto mental comigo, porque estava realmente muito triste. Pensar em voltar para Portugal e olhar as pessoas nos olhos era difícil», explicou, ainda antes de reiterar a má relação com o ex-treinador do FC Porto, Nuno Espírito Santo.
«Quando regressei, Nuno Espírito Santo disse-me, ao fim de uns dias de treino, que não me conhecia e que tinha de procurar um novo clube», concluiu.