Klopp: «Marcelo é um grande jogador a atacar... mas não defende»

Jürgen Klopp está totalmente focado na final da Liga dos Campeões e no Real Madrid. O técnico do Liverpool concedeu uma entrevista ao Mirror, conduzida pelo ex-futebolista dos reds Robbie Fowler, e analisou o adversário em várias vertentes, desde a forma como o seu Borussia Dortmund «secou» Cristiano Ronaldo na icónica vitória por 4x1, em 2013, ao aspeto mais débil de Marcelo, terminando, depois, no impacto da vitória frente ao FC Porto (0x5).

Questionado sobre se o lateral brasileiro seria o ponto mais fraco da defesa dos merengues, Klopp reconheceu, «entre dentes», que sim, mas que num encontro frente a uma equipa como o Real Madrid, nada é fácil de presumir.

«Todos viram e parece óbvio. Marcelo é um grande jogador a atacar… mas não defende. Eles ganharam a Champions League duas vezes e aqui estão de novo na final. O Bayern Munique pensa que foi melhor no cômputo geral das duas mãos, mas, afinal, quem foi? O Real Madrid necessitou apenas de três ou quatro ocasiões para marcar duas vezes. O Bayern, oito para marcar apenas um. Têm experiência da cabeça aos pés. Não têm pontos fracos. O futebol não é assim tão simples para dizer que se o Marcelo sobe pela faixa vai, automaticamente, deixar espaço para o Salah, porque ele vai ter de enfrentar o Sergio Ramos», aclarou.

Relembrado por Fowler relativamente ao triunfo por 4x1 sobre o emblema espanhol, Klopp explicou que impediu eventuais «estragos» de Cristiano Ronaldo graças a uma marcação cerrada a… Xabi Alonso.

«O Mario Götze fez marcação de homem a homem ao Xabi Alonso! Sabíamos que, quando o Alonso recebia a bola e rodava, o Ronaldo já estava em posição. Assim que coloquei o Mario em cima dele no 4x1 em casa, tudo funcionou muito bem. Mas não é fácil fazer destas coisas frente ao Real Madrid porque são frios como o gelo», recordou.

Por fim, o alemão reconheceu que o Liverpool começou a ser levado a sério na competição após a vitória frente ao FC Porto, no Estádio do Dragão.

«Foi no 5x0 ao FC Porto. Pela primeira vez as pessoas questionaram-se: ‘O que se está a passar aqui?’, porque o FC Porto é uma grande equipa e nessa noite acabámos também por nos surpreender a nós próprios. Não queríamos acreditar. Obviamente que depois surgiu a eliminatória frente ao Manchester City. Para mim eram os favoritos a vencer a Liga dos Campeões deste ano. A equipa número um», admitiu.