*com João Couto
Ricardo Horta, mais concretamente. Na sua segunda temporada ao serviço do Braga, o avançado melhorou ainda mais os seus números e está a dar mais passos na sua consolidação no principal escalão em Portugal, onde a sua equipa continua a fazer boa figura.
Nesta ronda, apesar de não ter tido tanta bola como é costume, voltou a ser determinante e o zerozero acompanhou a sua exibição ao pormenor.Contra o Marítimo, começou na esquerda, como vem sendo habitual esta época, mas foi nos movimentos interiores que conseguiu fazer a diferença: primeiro, intercetou uma bola e colocou-a em Vukcevic, que abriu o ativo; depois, ofereceu condução a um contra-ataque e serviu Paulinho para o segundo.
No final do jogo, fizemos a pergunta a Abel, depois analisados os números de influência de golo (são agora oito assistências, além dos 11 golos), que o situam em quarto lugar na lista de influência do campeonato, só superado por Jonas, Bas Dost e Marega.
Remates | 4 |
Assistências | 2 |
Cruzamentos | 2 |
Cantos | 2 |
Passes certos | 39 |
Passes falhados | 8 |
Desarmes | 4 |
Interceções | 6 |
Faltas cometidas | 1 |
Faltas sofridas | 1 |
Perdas de bola | 5 |
Lançamentos | 3 |
Contudo, o discurso de Abel foi mais amplo e olhou para a forma como as movimentações da equipa melhoram as performances individuais.
«O Baiano andava sempre atrás dele, se vocês virem os primeiros 20 minutos. Andava sempre na marcação individual, e eu tinha-lhe dito que só havia hipóteses de ele conseguir fazer diagonais interiores para as costas do central, onde o Wilson procurava baixar, ou para arrastar ou para criar aquele espaço, mas não estava a ser possível, e o que eu lhe disse foi exatamente o contrário. Abri um bocadinho mais os dois da frente, o Wilson e o Paulinho, e meti o Ricardo Horta a jogar ali por trás. E correu bem, porque jogou nas costas dos dois médios, que iam na marcação dos nossos médios, porque as marcações individuais têm isto, é o jogo do gato e do rato, e a dificuldade do treinador é, no momento, no calor do jogo, perceber estas dinâmicas e conseguir passar estas informações para os jogadores. E o Ricardo é um jogador que pode fazer três posições: já jogou a avançado, já jogou a 10, já jogou por fora, sabe jogar por dentro, e, sem fazer alterações na equipa, para não queimar uma substituição, esta própria dinâmica que nós criamos foi porque o Marítimo também nos criou muitas dificuldades. Porque nós não jogamos sozinhos, o nosso adversário criou-nos muitos constrangimentos, e nós fomos, também, muito mais dinâmicos e mais intensos na segunda parte do que na primeira. E depois, o Ricardo Horta... Tudo o que os jogadores estão a conseguir, o principal mérito é deles, o recurso que eles têm estão dentro deles, depois eles acreditarem na ideia, perceberem que há uma ideia coletiva, e de facto nós vemos alguns jogadores nossos a fazer as melhores épocas de sempre, e com golos e assistências. É o Raúl, é o Paulinho, o Esgaio, com uma porrada de assistências, o Ricardo Horta. Depois, isto reflete-se naquilo que é o desenvolvimento positivo, e aquilo que é a valorização da equipa. E a nossa filosofia de jogo assenta exatamente nisso, em princípios coletivos, e vai-se dividindo por todos. Valorizar os jogadores, valorizar os espetáculo, valorizar o clube, esses também são os nossos campeonatos, isso também vale títulos. Eu sei que vocês não gostam muito disso mas, a mim, dá-me um gozo tremendo porque isso depende de nós, é esse o caminho que eu acho que é o melhor para este espetáculo que é o futebol».
🇵🇹Portugueses c/ + participação em ⚽golos na Liga 2017/18 (Golos + Assis):
— playmakerstats (@playmaker_PT) 23 de abril de 2018
19 RICARDO HORTA🔼🔝
17 Bruno Fernandes
15 Paulinho, Gelson
14 Esgaio, Tomané pic.twitter.com/Tjn9NcUNi4