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    Dragões líderes outra vez

    Bomba com cheiro a título!

    O FC Porto foi à Luz ganhar por 0x1, com um golo em cima dos 90 minutos, e voltou à liderança do campeonato. Depois de uma primeira parte em que o Benfica teve ligeiro ascendente, os dragões cresceram muito no segundo tempo e retraíram muito os encarnados, que se meteram a jeito e que acabaram por sofrer num excelente pontapé de Herrera. Talvez, o momento do campeonato! 

    Potência máxima

    Emoção, ansiedade, sentimento. Três aspetos que viveram no interior dos adeptos durante a semana e as horas que antecederam o jogo. Aspetos que, claro, também invadiram os jogadores, cientes da importância que as contas do clássico podiam ter para o desfecho da Liga NOS.

    Não foi de admirar, portanto, que os primeiros 10 minutos se pautassem por várias precipitações de parte a parte. O espaço era pouco, a vontade de ter bola era muita e o desejo por fazer o adversário errar era imenso, só que isso apenas começou por acontecer na zona intermédia.

    Zivkovic começou muito bem, mas decaiu ©Carlos Alberto Costa
    Aos poucos, o Benfica começou a ganhar maior dimensão jogada, num duelo onde ter bola era sinónimo de arrancar para a baliza contrária o mais rápido possível. Fejsa encheu o campo e, na caixa de fósforos onde se ia disputando a bola, foi quem mais conseguiu roubar e servir os colegas, com Zivkovic a assumir muito mais a condução do que Pizzi.

    Nas triangulações, à esquerda e à direita (muito boa contribuição de Jiménez), o Benfica encontrava o espaço para romper pela área, só que aí deparava-se com dois problemas: faltava gente para finalizar e havia um FC Porto muito bem posicionado, minimizando as verdadeiras oportunidades do adversário. Aliás, em termos de reais chances, a primeira parte até acabou por ser similar, mesmo com o Benfica a ter mais bola e mais remates.

    Mesmo que a segurança defensiva imperasse no lado portista, faltava algo mais. Havia alguma inibição psicológica no início e essa apenas melhorou com o surgimento de Brahimi com bola e com as boas ações de Soares no ataque. Ricardo também ajudava pelas arrancadas na direita, mais do que Telles à esquerda. Tudo somado e as debilidades do meio-campo ficavam bem disfarçadas.

    E tudo mudou com a paragem

    Dificuldades que desapareceram com o intervalo. É verdade que a intensidade do Benfica decaiu muito, mas também é factual que Herrera e Sérgio se entenderam muito melhor com a bola e entre si na ocupação de espaços.

    Muito mais serena, a equipa de Sérgio Conceição (seria interessante assistir à palestra ao intervalo) pegou no jogo e partiu para uma segunda parte bem diferente da primeira.

    Com muito pouca reação à maior posse do adversário, o Benfica tentava as saídas rápidas (só Rafa o conseguia), mas também aí o FC Porto foi mais competente, usando as faltas para impedir as chegadas à área de um Casillas que viu o jogo a uma distância bem maior.

    Brahimi cresceu com o jogo ©Carlos Alberto Costa
    Foi então tempo de as águias se reagruparem. Era altura de defender melhor, por isso Samaris foi a jogo, numa mensagem de Rui Vitória à equipa de que era preciso maior contenção. Mensagem aceite e entendida também pelo rival, que se foi acercando da área de Bruno Varela, sempre à procura de Brahimi com bola e de Marega nas diagonais.

    Depois da primeira mensagem e de Salvio também não ter dado ao jogo o que ele pedia, Rui Vitória decidiu juntar Seferovic a um Jiménez muito desgastado, mas continuou a ser o FC Porto cima.

    Óliver entrou bem e deu continuidade ao bom critério portista e eis que, quando já se adivinhava o empate, Herrera descobriu o caminho da rede. De fora da área para a liderança do campeonato!

    U Domingo, 15 Abril 2018 - 18:00
    Estádio do Sport Lisboa e Benfica
    Artur Soares Dias
    0-1
    Héctor Herrera 90'
    Estádio do Sport Lisboa e Benfica
    Lotação64 642
    Medidas105x68m
    Inauguração2003
    FaseCampeonato
    JornadaJornada 30
    A Chave
    O intervalo. A diferença entre a noite e o dia, dos dois lados, mas de forma inversamente proporcional. O Benfica gastou as pilhas todas na primeira parte, o FC Porto sacudiu a ansiedade e passou a assumir o jogo, que foi jogado no meio-campo contrário. O golo ficou muito mais provável.
    O Árbitro
    Arbitragem à altura do jogo. No capítulo disciplinar, podia ter sido mais rígido, pois faltaram alguns amarelos, mas no geral esteve bem, já que nunca perdeu o controlo do jogo.
    O Melhor
    Gestão portista
    Sabendo que o Benfica tem o hábito de entrar com tudo nos clássicos em casa, o FC Porto soube sofrer sem permitir muitas oportunidades e, por outro lado, sabendo sair em transição para colocar o rival em sentido. Depois da segunda parte, deu-se o apogeu do dragão, que tomou conta do jogo por completo e que acabou por ser premiado com um golaço quando o Benfica já há muito apenas pensava no empate.
    O Pior
    Fogo apagado de forma precoce
    A ação cavalgante do Benfica na primeira parte esbarrou na clara falta de poder de fogo dentro da área. Muita corrida, muito frenesim, excelentes combinações, mas, bem espremido tudo, uma grande oportunidade de Pizzi num ressalto e dois lances em que os extremos furaram da linha para dentro, embora com pouco ângulo. Razoável para a primeira parte, muito pouco para 90 minutos de um tetracampeão que jogava em casa.
    Forma
    Benfica
    2017/2018
    43J
    26V
    8E
    9D
    89-41G
    FC Porto
    2017/2018
    47J
    34V
    8E
    5D
    110-36G
    Sabia que...by playmaker stats
    Héctor Herrera marcou o golo da vitória do FC Porto na Luz; já tinha aberto o marcador na última vitória dos dragões na Luz (2016 Benfica 1-2 FC Porto)

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    Liga NOS: Benfica x FC Porto
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