Alvibranco 25-04-2024, 09:39
Luís Querido será um dos seis nomes portugueses que os italianos terão de pronunciar durante os play-off da Serie A1 Italiana de Hóquei em Patins. O antigo jogador de Barcelos, Liceo ou Barcelona, filho do antigo selecionador José Querido, comentou a sua estadia em Itália, em declarações ao OJogo.
«Aos 14 anos vi um vídeo que me despertou para o hóquei italiano e desde ai alimentei a ideia de jogar aqui. Concretizou-se e no Lodi, um clube organizado e com um treinador [Nuno Resende] que nos sabe motivar. A adaptação foi fácil e em pouco tempo senti que cresci muito como jogador», explicando ainda as principais diferenças entre o hóquei português e transalpino.
«Só não tem quatro clubes a comprar tudo o que mexe, como em Portugal (...) Se ganharmos somos os maiores, mas basta uma derrota para choverem críticas e tudo o que éramos deixámos de ser», afirmou.
Até agora, o «seu» Lodi, campeão em título, não tem tido muita sorte nas competições onde participou. Algo que Querido explica ao detalhe.
«Na Supertaça, ainda não tínhamos rotinas. Na Liga Europeia, não tivemos sorte com o sorteio e começámos com o Sporting e Liceo sem ainda estarmos preparados. Na Taça de Itália, entrámos mal e o Follonica, a jogar em casa, conhecia bem as manhas de uma pista pequena», falando ainda do grande objetivo da época: o título italiano.
«É a primeira vez que vou jogar o play-off, mas os meus colegas, habituados, sempre disseram na fase regular 'o importante não é agora'. Temos condições e, se formos um coletivo, não tenho dúvidas - vamos ser campeões», acrescentou.
Por fim, e colocando o olho em solo luso, Luís Querido não adianta o seu palpite quanto ao título, deixando alguns recados.
«O meu palpite vou guardá-lo, mas estou a gostar de ver a luta no campeonato e também de ver equipas que pagam maluquices a estrangeiros perderem pontos em Barcelos e Valongo, ou à rasca para ganhar em Tomar. E os árbitros podem não estar preparados para a velocidade do jogo, mas dizer que são eles que em 50 minutos não deixam ganhar... Protestem menos e joguem mais. Os pequenos só ganham quando são ajudados pelo árbitro? Alguma coisa não está bem», frisou.