O SC Braga venceu de forma clara o Chaves (1x4), e continua a alimentar o sonho pelo pódio no principal escalão do futebol português. Foi um dia “não” para a formação de Luís Castro em que os bracarenses assumiram as rédeas do jogo, ao transportar os festejos para toda a multidão da cidade minhota que viajou este domingo para Trás-os-Montes.
Foi uma partida muito competitiva, com grande entrega de ambas as partes. O Chaves foi infeliz no primeiro tempo com muitas limitações de eficácia, em contraste com o SC Braga que concretizou metade das oportunidades que fez. O primeiro golo foi protagonizado pela frieza de Bruno Viana, que não desperdiçou o cruzamento com peso e medida de Jefferson. Os homens visitantes não pareciam satisfeitos e o segundo golo chegou pouco tempo depois por intermédio de Ricardo Horta: mas que jogada!
Se o SC Braga procura a “todo custo” alcançar o terceiro lugar, o Chaves também tem um objetivo bem definido: a luta pelo lugar europeu (caso não exista surpresa na Taça de Portugal). Mas não está fácil, o Desportivo de Chaves estava prestes a somar a sua terceira derrota consecutiva.
Face a isso, os homens da casa não desistiram: Na segunda parte não se deram como vencidos e mostraram convicção para reduzir nos primórdios do segundo tempo, com uma intensidade elevada. No entanto, as melhores oportunidades pertenceram à equipa de Abel Ferreira, que obrigou o guardião Ricardo Nunes a realizar defesas interessantes.
A falta de perigo da formação transmontana levou a equipa a ter decisões precipitadas para alcançar o golo e mantinha dificuldades em fechar o centro do terreno, concedendo uma autentica autoestrada para os homens do corredor central bracarense. Desaparecido no primeiro tempo, reapareceu no segundo, Matheus Pereira mostrou-se inconformado e a par de William, foram os construtores das melhores oportunidades do Chaves.
Desinspiração era a palavra-chave a equipa da casa que não fez tremer os minhotos, apostando muito no jogo direto, nas bolas paradas e nas costas da defensiva adversária. Bruno Paixão, árbitro do encontro, recorreu ao vídeo-árbitro para analisar uma eventual grande penalidade, mas o juiz da partida mandou jogar.
Jogo aceso, intenso, especialmente nos últimos 30 minutos com um ritmo “à inglesa”: Muitas oportunidades de parte a parte e desta vez com sucesso: Paulinho mostrou toda a sua classe e fez o 3x0. Mas logo depois, o Chaves mostrou que também sabe marcar belos golos e foi Platiny a reduzir (3x1), com um tento certeiro de regalo, minuto depois de ter pisado os relvados.
Este golo resultou numa posterior avalanche ofensiva dos homens da casa, criando problemas para Abel Ferreira. Com isso, o técnico reforçou o meio campo ao colocar Danilo e tirar André Horta, dando consistência a um meio campo que parecia já não existir. Inesperadamente, acabou por se desenhar um resultado exagerado: Ricardo Horta bisou no encontro e fez o quarto da sua equipa, já no tempo de compensação.
Insuficiente a reação flaviense nos minutos finais: mostrou-se desinspirada na hora da decisão, o que ditou o desaire frente ao SC Braga, que acabou por ser a melhor equipa no geral do encontro.
Com este triunfo o SC Braga mantém o sonho vivo pelo pódio, com 61 pontos. Já o Desportivo de Chaves desce à sétima posição, com 36 pontos conquistados.
1-4 | ||
Higor Platiny 76' | Bruno Viana 27' Ricardo Horta 38' 90' Paulinho 73' |