Marega: Ele marca, assiste, faz tudo

Marcou por duas vezes, assistiu uma, e não ficamos por aqui. Desempenhou vários lances interessantes no lado esquerdo e centro do terreno. Soube gerir os momentos, coisa que não é muito habitual, e decidiu quase sempre na perfeição. Correu tudo bem, um excelente jogo para o maliano. Mas ele queria mais… notou-se quando foi substituído. A dupla Marega/Soares não podia estar a resultar de melhor forma.

Andou sempre em cima de Nakajima e conseguiu anular praticamente em todos os lances, daquele que a priori era um dos maiores perigos dos algarvios. Alem disso, foi autor de bastantes ofensivas pelo lado direito, com várias diagonais à entrada da área do Portimonense. Fez até uma assistência para o terceiro golo.

Na sua estreia a titular, as duas assistências foram o seu auge no encontro. Ainda que se tenha notado que está algo «verde» e à procura das rotinas na equipa, Dalot vai mostrando que o futuro risinho que lhe apontam tem mesmo razão de ser. 

Além do corte providencial que podia ditar o primeiro golo do encontro, o brasileiro não deixou passar uma. Duelos aéreos, interceções importantes, condicionando bastante os ataques adversários. A par de Marcano, uma dupla de excelência, não deixaram o ataque algarvio penetrar a área portista com a bola corrida. Apenas nos descontos não conseguiu cortar o cruzamento que deu o golo de honra ao Portimonense, uma situação que não belisca a exibição de «patrão» do central brasileiro.

Inconformado com o resultado negativo que chegou de forma prematura, tentou sempre ir atrás do marcador. O brasileiro fez vários remates, embora sem sucesso. Viu Felipe negar-lhe o golo no último instante e foi sempre ele a trabalhar contra a defesa portista.

Temporizou quando necessário, e para além disso, intercetou e transportou a bola para a frente de ataque, um autentico box-to-box. Uma função bem desempenhada aliado à ajuda de Herrera, uma dupla que está a dar que falar. 

Um jogo menos conseguido do defesa alvinegro. Não conseguiu conter a avalanche portista, principalmente Maxi Pereira, que beneficiou de uma autêntica autoestrada, tendo liberdade para fazer o que quis. A par de Possignolo, foram os elos mais fracos da linha defensiva de Portimão.