Chamem-lhe milagre, quase impossibilidade, missão impossível. O que é certo é que o Braga precisa de uma conjugação de fatores muito grande para que os oitavos de final da Liga Europa sejam uma realidade. A desvantagem de três golos não dá margem de erro à equipa de Abel Ferreira, que, recorde-se, já fez história nos últimos dias...
O técnico bracarense tem noção da montanha que se atravessa à frente dos arsenalistas. Ser Guerreiro, desta vez, até pode nem chegar. Um golo do Marselha, por exemplo, obriga o Braga a fazer cinco golos, por isso a perfeição tem de estar no momento de ter bola e, pelo talento que está do outro, no momento de não ter. Até porque há Thauvin, Payet, Germain.
Há quem tenha sentido, na última semana bracarense, que a equipa de Abel esteve transformada em dois pequenos coletivos. A meio da semana, a equipa fracassou a toda a ordem e saiu dominada e derrotada pelo Marselha. Uns dias depois, no dérbi minhoto, tudo mudou. A turma arsenalista surgiu equilibrada no momento defensivo, criativa a atacar e letal no capítulo da finalização. Resultado? Uma goleada histórica.
Do outro lado estará um rival tranquilo e confortável na eliminatória. Sem Mitroglou, lesionado, o Marselha até se pode dar ao luxo de gerir o plantel em função de um duplo compromisso com o PSG que se avizinha. O talento de Thauvin, à partida, deve ser o maior perigo. Isto se García não apostar numa autêntica revolução.
Um golo do Marselha pode fazer toda a diferença, mas, para haver alguma emoção, é preciso que o Braga marque. Pelo menos três para igualar a contenda, mais um para assumir a dianteira da eliminatória. Braga já viveu muitas noites épicas, com triunfos perante Sevilha, Liverpool, Arsenal. Se o épico for golear sem sofrer golos, chega...e sobra.
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Braga | Marseille | |||
7 | 9 | Golos marcados | 7 | 8 |
8 | 11 | Golos sofridos | 4 | 7 |
7 | Jogos | 7 | ||
7 | 4 | Golos Marcados | 2 | 8 |