E vão quatro derrotas consecutivas para um Feirense em estado de sítio, com a ameaça dos lugares de descida cada vez mais próxima de se tornar realidade. Pode acontecer já nesta jornada, assim o queiram Moreirense ou Vitória FC. O responsável de mais um desaire para a turma de Nuno Manta Santos foi o Portimonense, que voltou a demonstrar a veia goleadora e, por sua vez, voltou a respirar bem no campeonato.
Em campo, duas equipas com necessidade de pontuar para se afastarem da linha de água que pairava já como ameaça, mais para uns do que para outros. Mas o que se viu numa fase inicial foi um jogo com demasiadas cautelas por parte das duas formações.
Com as equipas muito encaixadas uma na outra, com algumas faltas desnecessárias e sem grande virtuosismo na definição das jogadas, foram cerca de 25 minutos com poucos motivos de interesse, tirando um lance em que Fabrício podia ter feito bem melhor à entrada da área do Feirense.
Os espaços lá apareceram, a custo, e os golos também. Foi muito por falhas de marcação da equipa do Feirense que o Portimonense abriu o marcador, à passagem do minuto 26': Wellington, com espaço à direita, cruzou para um Fabrício completamente desmarcado no centro. Só foi preciso encostar.
Era de facto preciso um golo para que a noite aquecesse um pouco. O Feirense, sabendo da situação preocupante em que está na tabela, partiu de imediato em busca do empate, que chegou pouco depois. Babanco colocou bem a bola na grande área, houve um primeiro desvio na área e foi o capitão Luís Rocha quem empatou o encontro.
Aumentava ligeiramente a qualidade do encontro até ao fim do primeiro tempo, continuava agradável o ritmo no arranque do segundo, que teria um Portimonense a voltar a demonstrar uma qualidade ofensiva superior e a recuperar a vantagem que havia perdido. E agora com toque do pequeno japonês do costume.
A bola estava nos pés de Nakajima, sobre a esquerda, o avançado viu Wellington a surgir nas costas de Kakuba e serviu o brasileiro de bandeja para que fosse reposta a vantagem. Nuno Manta Santos ainda deu o que tinha a dar ao jogo, juntou Crivellaro e João Silva a Karamanos e as ameaças, pela simples lógica do completo risco, tornaram-se mais frequentes.
Só que ao arriscar o que tinha para arriscar, o Feirense expôs-se na defesa e o Portimonense aproveitou para sentenciar o jogo. Nakajima dominou uma bola longa de Hackman e, repleto de classe, colocou a bola por cima de Caio Secco. Uma forma perfeita de fechar a noite em grande estilo para os algarvios, uma sentença dura para os fogaceiros em apuros.
1-3 | ||
Luís Rocha 32' | Fabrício 26' Wellington Carvalho 69' Shoya Nakajima 88' |