Vida muito difícil para os minhotos

Contas muito complicadas para o Braga na Europa. A equipa de Abel Ferreira não foi consistente no Vélodrome e sai da primeira mão com uma desvantagem de três golos. O Marselha dominou o encontro por completo e justificou o triunfo expressivo sobre os minhotos, que vão ter de correr muito na segunda mão caso ainda sonhem com os oitavos da Liga Europa.

Entrada em falso

O Braga dificilmente poderia ter pedido pior entrada no jogo em Marselha. Os minhotos cederam à forte pressão inicial do conjunto de Rudi García e apanharam-se a perder logo aos quatro minutos, num lance que parecia aparentemente controlado por Sequeira, mas que acabaria por originar o golo de Germain.

Uma má opção do lateral esquerdo do Braga foi aproveitada por Dimitri Payet, que serviu Germain para o primeiro do encontro. O avançado francês iludiu Rosic e antecipou-se ao central sérvio para finalizar à boca da baliza bracarense.

O Marselha cresceu com o golo e esteve sempre mais próximo de alargar a vantagem do que sofrer o empate. E se o resultado não sofreu mais alterações no primeiro tempo, muito se deveu a Matheus. O guarda-redes brasileiro esteve em destaque entre os postes, ao negar o golo a Ocampos (19') e Njie (29').

Os minhotos conferiram muita liberdade ao Marselha, sobretudo pelo corredor direito, com João Carlos Teixeira a dar espaço em demasia a Bouma Sarr para progredir no terreno, e isso condicionou bastante o jogo do Braga, que esteve muito mais preocupado em defender do que a atacar.

Sentido único

O intervalo não teve grandes efeitos naquelas que estavam a ser as dinâmicas do jogo no Vélodrome. O Marselha continuou a comandar as operações e o Braga a defender com todas as forças. Matheus ainda conseguiu retardar o segundo, mas não por muito tempo...

Poucos minutos depois do guarda-redes bracarense protagonizar excelente defesa a remate de Ocampos, Germain bisou e tornou a eliminatória mais difícil para a equipa de Abel Ferreira. Rudi García não se contentou com o 2x0 e, percebendo as dificuldades do adversário, lançou uma das suas melhores armas: Thauvin.

O internacional francês não precisou de muito tempo em campo para fazer o gosto ao pé, ao finalizar um belo desenho ofensivo construído pelo próprio, com o auxílio do pequeno Maxime Lopez.

Um golo daria ao Braga um novo fôlego para encarar a segunda mão, mas a equipa de Abel não conseguiu chegar sequer com perigo à baliza de Yohann Pele. Vida muito difícil para a equipa portuguesa...