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    Analisamos o adversário do FC Porto

    O pós-Coutinho assente num sistema claro

    O Liverpool é dos clubes mais titulados de Inglaterra, mas são já 28 anos sem o título nacional (e mais um se avizinha). Dono de uma atmosfera única e própria do que de mais bonito há no futebol, o emblema de Anfield está na terceira época de Jürgen Klopp e vai apresentando uma evolução no futebol, à imagem do treinador, se bem que também alguma inconstância, igualmente própria do alemão.

    Poderoso, explosivo e vertical, o estilo de jogo da equipa aglomera excelentes requisitos com bola a partir do momento em que lhe é permitido jogar na primeira fase de construção: futebol de toque rápido, triangulações, passe curto e longo para o espaço, capacidade de desequilíbrio.

    Só que peca consideravelmente sem bola, sobretudo depois de a primeira pressão (que é bem feita) falhar. O meio-campo é agressivo durante todo o jogo, mas não é brilhante em termos posicionais e a defesa, que por si só é de segunda linha, torna-se presa fácil nos momentos em que o adversário chega em igualdade ao último terço, o que acontece com frequência.

    A contratação de Van Dijk está relacionada com isso e com a procura de estabilizar mais atrás, dando também maior critério na saída de bola. Porém, há um calcanhar de Aquiles que há muitos anos se vê em Anfield: o guarda-redes. Mignolet não convence com o passar dos anos e agora está a ser a vez de Karius, que ainda precisa de se consolidar para convencer a desconfiada plateia.

    Tipicamente em 4x3x3, a equipa já se desdobrou várias vezes em 4x4x2, com o reforço do meio-campo em jogos mais exigentes. Já aconteceu com o recuo de Mane ou com a saída de Firmino, se bem que a saída de Coutinho tenha deixado uma lacuna para esse sistema alternativo, visto o brasileiro ser o habitual quarto elemento do miolo, capaz de fazer movimentos de grande mestria em liberdade e aparecer de surpresa em zonas que não a sua (marcá-lo individualmente era um terror).

    Posto isto, é muito provável que Klopp opte por conservar um 4x3x3 cada vez mais consolidado e no qual a velocidade, não só de aceleração como de toque na bola, é a grande arma dos três da frente e de Chamberlain, o elemento mais imprevisível nesta altura, pelas movimentações que faz.

    U Quarta, 14 Fevereiro 2018 - 19:45
    Estádio do Dragão
    Daniele Orsato
    0-5
    Sadio Mané 25' 53' 85'
    Mohamed Salah 29'
    Roberto Firmino 69'
    Estádio do Dragão
    Lotação50 033
    Medidas105 x 68 m
    Inauguração2003
    FaseOitavos-de-Final
    Mão1ª Mão
    Ponto Forte
    Agilidade à frente É impressionante o entendimento que Salah e Firmino já têm e também a forma como Chamberlain e Mane, a espaços, os acompanham. Aí reside a grande força da equipa, por jogadores muito velozes, mas que não procuram sempre a profundidade: muitas vezes, é com uma simples triangulação curta que o desequilíbrio fica criado.
    Ponto Fraco
    Laterais a defender A tendência natural de Gomez e de Moreno é de subir, quais alas, pela linha fora e aglomerar o ataque. Com Arnold e Robertson, que devem jogar no Dragão, não é muito diferente, sendo que ambos pecam pela pouca experiência nestas lides. Um aspeto a ser explorado pelos flancos dos dragões, até porque Henderson não tem a mesma eficácia a fechar em relação a Can.
    Liverpool
    2017/2018
    38J
    21V
    12E
    5D
    94-46G
    Calendário
    História
    O clube de Houlding e de Bill Shankly
    A História do Liverpool começou com o vizinho Everton. Tudo remonta ao ano de 1892, quando um desentendimento entre John Houlding e os restantes diretores do Everton, acerca o futuro e rumo do clube, levaram a uma cisão dentro dos «blues», que acabou com o Everton a mudar-se para Goodison Park, quebrando todos os laços com Anfield Road, deixando Houlding para trás, a mãos com um estádio vazio.

    Veja a história completa do clube
    A Estrela
    Salah
    Depois de Coutinho sair, ficou um vazio que tem sido preenchido por vários jogadores. Por esta altura, o egípcio Mohamed Salah é o principal, pelos seus 22 golos na Premier League, que o colocam a um do líder Harry Kane. Em grande forma, o africano tem liderado o faminto ataque dos reds e em Anfield mostra a sua melhor versão, depois das passagens por Chelsea, Fiorentina e Roma.
    O Técnico
    Klopp
    Um técnico fora da caixa, com uma história que começa como jogador e que se foi tornando mediática como técnico. Ganhou dois campeonatos no Borussia Dortmund, a saída não foi com a glória pretendida, mas foi dos mais cobiçados da Europa. Chegou ao Liverpool, alcançou a final da Liga Europa na primeira época e tem tentado dar maiores argumentos à equipa para poder lutar pelo título novamente.

    Fotografias(35)

    Champions League: FC Porto x Liverpool 1/8
    Champions League: FC Porto x Liverpool 1/8
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    EMPATE
    LIVERPOOL

    Comentários

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    motivo:
    11 do FCP
    2018-02-14 18h45m por iSMURF4
    Não gosto!

    Otávio e Sá a titulares.

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