Jorge Jesus: as explicações táticas num Sporting em que faltou um finalizador

Pouco depois de Sérgio Conceição ter dito que tinha adivinhado que Jorge Jesus iria apresentar uma linha de cinco defesas, foi a vez de Jorge Jesus explicar a estratégia montada na partida com os portistas e a derrota na primeira-mão da meias-finais da Taça de Portugal. 

«Não sei se ele adivinhou, o que eu sei é que foi um bom jogo. Um jogo mais aberto do que os outros dois, também por apresentarmos um posicionamento diferente para a pressão dos jogadores do FC Porto que não tiveram tanto tempo e espaço para o fazer como nos outros jogos. Foi a primeira parte de dois jogos, tivemos muitas oportunidades de golo. Quando se joga no Dragão, se tem estas oportunidades e não se marca isso prejudica o resultado. O Sporting fez um excelente jogo, o FC Porto também fez, mas nós nos últimos dez minutos podíamos ter feito melhor, tivemos chances. Jogadas dentro da área e faltou ter um finalizador para empurrar a bola. O FC Porto é uma equipa perigosa no cruzamento e é assim que faz o golo. Vamos levar a meia-final para Alvalade», disse, em declarações à SportTv.

O técnico leonino explicou as mudanças táticas e comentou também a prestação do árbitro da partida, João Pinheiro.

«Houve alguns posicionamentos que fez com que a equipa jogasse diferente, mas não muito. Taticamente a equipa não mudou, mudou foi posicionamentos que pudessem surpreender a equipa do FC Porto e foi isso que aconteceu. Na segunda parte fomos nitidamente mais fortes que o FC Porto quando fez o 1x0. Este jogo era 3x3, 2x2, para além de que o golo do FC Porto vem de uma falta sobre o Bruno Fernandes e daí nasce o cruzamento. No jogo dividido este árbitro prejudicou-nos, o Fábio viu amarelo quando não devia levar. Gosto muito deste árbitro mas hoje não gostei do jogo dele, ainda que não tenha influência no resultado», explicou.

Apesar de jogar a segunda-mão em Alvalade, os leões ainda procuraram chegar à igualdade, uma situação que Jorge Jesus também justificou.

«A Taça de Portugal é a dois jogos, os golos fora são importantes. Taticamente não mudei nada, mudei as características dos jogadores, potencializaram a equipa para uma profundidade maior. Taticamente não mudei nada, o Piccini e o Gelson continuaram na posição deles. Estavamos a perder, a entrada do Bruno César origina a oportunidade ao Gelson, faltou-nos finalizar, procuramos outras decisões que nos penalizaram», afirmou.

Gelson Martins acabou por ser uma das surpresas da equipa, ainda que tenha jogado algo condicionado, como admitiu o treinador.

«Eu nem tinha como pensamento ter o Gelson o jogo todo, defendê-lo um pouco, mas o resultado não permitia. Estava com medo que ele desse alguns sinais da lesão. Ele ia-me dizendo que sim e eu aproveitei», finalizou.