Com a lesão truamática de Krovinovic ainda a pairar, o Benfica está de regresso ao Estádio da Luz. O médio croata estava a ser a figura do renascimento do tetracampeão, que apanhou susto dos valentes na última jornada, em Belém. O escorregão portista e o golo de Jonas deixa a equipa de Rui Vitória mais confortável, se é que com dois adversárias à frente se pode falar em tal coisa...
O adversário já criou dores de cabeça e...uma eliminação de Taça de Portugal. O Rio Ave perdeu Rúben Ribeiro, vai estar na Luz com uma autêntica defesa de remendos, ainda que, para esta equipa de Miguel Cardoso, o impossível não seja, de todo, um facto.
Sem Krovinovic, Rui Vitória não entra em alarmes. O técnico benfiquista elogiou a importância e evolução do antigo médio do Rio Ave, deixando ainda a certeza que a atual matéria prima é suficiente para atacar o que resta da época. São, à partida, e até pelo que o jogo de Belém resultou, dois galos para um só poleiro. João Carvalho, mais parecido com Krovinovic, deve voltar a ter nova oportunidade, ainda que Zivkovic esteja na mira, especialmente depois da entrada positiva na última partida.
Apesar dos problemas evidenciados no jogo do Restelo, não é crível que Rui Vitória regresse a um modelo de 4-4-2, agora que não tem Krovinovic. Por isso, Jonas, que procura um lugar ao sol na história do Benfica, deve continuar a ser o único avançado de raiz, com Seferovic e Jiménez como armas secretas no banco.
O Rio Ave chega ao jogo da Luz numa situação relativamente frágil. Na tabela as coisas continuam bem positivas - a equipa está segura no quinto lugar -, apesar dos problemas físicos de jogadores-chave. Há central para colocar na direita, médio para baixar para a defesa e mudança na faixa esquerda da lateral defensiva para realizar. Por isso, o segredo está mesmo atrás, até porque, passando esse primeiro impacto, os homens de Vila do Conde têm futebol para ferir um Benfica pressionado e a correr riscos na última linha de proteção a Bruno Varela.
Miguel Cardoso referiu, antes da partida, que, mesmo a defrontar uma grande equipa, o impossível não entra no dicionário vilacondense. Rui Vitória crê que seja possível o Benfica ser uma equipa competitiva e forte mesmo sem o jogador que a tornou esteticamente mais bela. É tempo dos coletivos abraçarem as suas possibilidades futebolísticas...
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