De um lado, o vencedor da primeira edição da prova e que procura repetir o feito. Do outro, um clube que nunca a venceu mas que tem no banco o expert da competição, com cinco troféus no palmarés pessoal. Em comum, os tons de verde e branco. Aí está a final da Taça da Liga, com Vitória FC e Sporting na luta pelo título mais jovem da nossa praça.
Cinco jogos levaram o Vitória FC até esta noite decisiva, dez anos depois da festa no Algarve. Quatro jogos, com um clássico entre eles, ditaram o regresso do Sporting a uma final, fase a que não chegava numa competição desde maio de 2015 (excluindo a Supertaça). A obrigação de conquistar títulos está do lado da equipa de Jorge Jesus, os comandados de José Couceiro espreitam a gracinha no Municipal de Braga.
Há um título em discussão, haverá razões para festejar mas antes disso há um jogo para ganhar. Os argumentos são diferentes, a ambição é a mesma.
O Vitória FC tem estatuto de anfitrião nesta final, apesar de jogar em campo neutro, e por isso é pelos sadinos que começamos. A meia-final diante da UD Oliveirense deixou marcas na equipa de Couceiro, que ganhou dores de cabeça com os nomes de João Costinha e João Amaral. Dois dos jogadores capazes de desequilibrar em zonas ofensivas estão em dúvida e por isso o técnico poderá ter de mexer no onze. E até, quem sabe, no esquema tático.
Uma boa nova, porém, veio da outra meia-final. Com o apuramento do Sporting, Couceiro ficou a saber que poderá contar com Gonçalo Paciência na final. Era uma preocupação do técnico que acabou por ter desfecho positivo e o melhor marcador da equipa do Sado, com 10 golos entre todas as provas, será a grande arma apontada a Rui Patrício. O apoio nas costas do ponta-de-lança é que poderá não ser o mesmo, mas no mínimo haverá um João Teixeira com muito futebol nos pés.
Para Jorge Jesus a grande ausência tem o nome de Gelson Martins, como terá nos próximos tempos. É um dos jogadores mais influentes da manobra ofensiva leonina, o grande desequilibrador nas alas e por isso o jogo leonino irá forçosamente mudar. As opções disponíveis não trazem a mesma magia mas poderão até dar um acrescento ao jogo interior, por onde muitas vezes passa a diferença em jogos como este.
Bryan Ruiz vem repleto de motivação depois do penálti decisivo no clássico que sucedeu ao seu reaparecimento na equipa do Sporting e é uma das opções, como são Battaglia, Bruno César ou Podence. Ou até, quem sabe, uma daquelas surpresas a que Jesus já nos habituou... um dos reforços mais tenrinhos como Wendel, talvez?
Virem-se as câmaras, as luzes e os olhos para a Pedreira. É tempo de discutir um título.
| Últimos Jogos (totais)
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V. Setúbal | Sporting | |||
7 | 9 | Golos marcados | 7 | 8 |
8 | 4 | Golos sofridos | 1 | 7 |
7 | 5 | Jogos | 4 | 8 |
7 | 4 | Golos Marcados | 2 | 8 |