Exibições individuais refletiram as táticas dos treinadores

Um dos pontos basilares desta vitória foi sem dúvida Ljubomir Fejsa. Para além dos inúmeros cortes que fez, ao longo de todo o jogo, foi o principal ‘tampão’ do meio-campo encarnado. As iniciativas de Danilo e Vukcevic esbarraram muitas vezes no sérvio, principalmente na primeira parte. Continuou, até ao final do jogo, a fazer uso da sua capacidade de desarme e antecipação na recuperação de bolas, ganhando também os duelos corpo a corpo, demostrando um grande 'pulmão'. Em forma, é um dos melhores jogadores do Benfica.

Xadas começou no lado direito do ataque e foi pelo seu lado que saíram os lances de maior perigo, quando fletia para o corredor central, deixando a linha para Esgaio. Na segunda parte, ocupou uma zona mais central e criou alguns lances de perigo, entregando várias bolas aos seus colegas. Saiu de cena numa altura em que estava a ser das melhores unidades, ainda que tenha dado a sensação que podia ter participado mais no jogo...

O lateral direito do Braga esteve bem defensivamente, impedindo as investidas de Cervi e ‘obrigando’ Grimaldo a procurar mais a zona central. No ataque, subiu com critério, tirando alguns cruzamentos perigosos. Continua a apresentar o nível exibicional que nos tem habituado esta época.

O capitão do Benfica não teve muito trabalho, mas sempre que foi chamado, não vacilou. Forte nos duelos físicos, conseguiu antecipar-se e desarmar várias vezes os avançados minhotos. Ainda atirou de cabeça ao poste, num canto. Apesar de ter perdido alguma da sua velocidade, o ritmo de jogo está a devolver-lhe os níveis exibicionais apresentados anteriormente.  

O médio croata continua em boa forma. Depois de uma primeira parte onde não teve muita bola, Krovinovic foi umas das figuras da segundo tempo. Para além dos dribles e passes bem conseguidos, conduziu os ataques com qualidade e mostrou ponderação nas decisões, como no terceiro golo, onde trabalhou bem o ataque com Cervi. 

A formação de Abel tentou várias vezes sair pelo meio, nomeadamente no primeiro tempo, mas sem sucesso. Vukcevic, além de errar passes longos, também perdeu algumas bolas em zona proibida. Muito errático, lento a sair no transporte da bola e também a fechar os espaços, o montenegrino (um pouco à semelhança de Danilo) teve uma exibição pouco conseguida. A superioridade do Benfica passou muito por este 'apagão' na zona central dos guerreiros.