Há quem aproveite, quem desaproveite e outros que se mantêm iguais

Apareceu em terrenos que não costuma pisar no FC Porto. Na zona central, atrás de Soares, esteve muito bem no apoio ao ataque, tendo inclusive marcado um golo. Com a saída de Brahimi passou para o lado esquerdo e, apesar de não ter sido tão solicitado, decidiu sempre bem. Numa altura de mercado, ganhou pontos que podem ditar a sua permanência com redobrada importância nas escolhas de Sérgio Conceição.

Em termos defensivos, exibiu-se no seu registo habitual: forte no desarme (corpo a corpo ganhou praticamente todos os lances) e a controlar a zona mais defensiva do miolo azul e branco. Ofensivamente, voltou a destacar-se pela capacidade de transporte, contagiando os seus colegas, ainda que nem sempre tenha sido bem sucedido.

Apesar de ter estado um pouco desastrado na finalização, fez o seu melhor jogo da época. Combativo, tanto a segurar a bola para a equipa subir (fez o passe para o golo de Herrera) como a explorar a profundidade, fartou-se de correr e foi uma dor de cabeça para a dupla Iago Santos-André Micael. Bem melhor em termos de atitude, relativamente ao jogo de Paços de Ferreira.

O novo reforço dos cónegos veio dar outras opções ao ataque de Sérgio Vieira, segurando a bola e dando apoios aos colegas. Finalizou bem, de cabeça, a única oportunidade que dispôs. Pode ser uma mais-valia para a formação de Sérgio Vieira nesta segunda metade da época.

O extremo, que tem sido pouco utilizado por Sérgio Conceição, não conseguiu aproveitar a oportunidade. O português tentou fazer a diferença através da sua velocidade, mas, das vezes que conseguiu ultrapassar a defesa adversária, decidiu quase sempre mal. Acabou por ser substituído por Ricardo Pereira.