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FC Porto marca encontro com o Sporting

Mexicanos revoltam-se com o frio e calçam as meias

O FC Porto passou incólume pelas temperaturas geladas de Moreira de Cónegos e marcou duplo encontro com o Sporting nas meias-finais da Taça de Portugal, depois de um jogo tornado fácil com os dois golos madrugadores, apesar de ter acabado com algum sofrimento. Herrera e Layún fizeram os golos dos dragões e deram um perfume mexicano ao jogo.

Dizemos que se tornou fácil porque aos 20 minutos a diferença já era de dois golos, o que por si só era um sinónimo de conforto. O que subia de patamar ao lembrar a força que tem sido este FC Porto, quer a atacar, quer a defender.

Brahimi foi um dos resistentes, mas saiu lesionado ©Vítor Parente / Kapta+
Mesmo com mudanças de sobra (sete em relação ao último jogo), não faltava entrosamento desde trás até ao meio, havendo depois uma grande vontade de mostrar, quer por Soares, que assistiu no primeiro golo, quer por Hernâni, à procura de minutos, quer sobretudo por um Layún renovado e rejuvenescido com a escolha surpreendente para segundo avançado. Quando fez o segundo golo, já há algum tempo se tinha percebido que tinha entrado para o Comendador Joaquim de Almeida Freitas cheio de vontade de fazer deste jogo um marco na sua época.

E que não se pense que não houve réplica do Moreirense. É verdade que Casillas teve 25 minutos dificílimos para se manter quente. Não foi incomodado e a noite estava mesmo gelada. Mas em boa hora foi mexendo os braços, já que, depois da grande oportunidade criada por Peña e por Zizo, na qual o espanhol foi determinante, assistiu-se a uma nova crença do Moreirense, desperto para a oportunidade que tinha pela frente e para a hora de jogo que sobrava.

Só que, mesmo contornando o facto de haver pouco entrosamento entre os jogadores, era preciso mais para colocar em causa o vencedor do jogo. Na fase de maior ameaça, que também aconteceu com a quebra do FC Porto à espera da substituição de Brahimi (queixas físicas), pouco mais trabalho teve Casillas.

Tozé foi dos que mais remou contra a maré ©Vítor Parente / Kapta+
No regresso do intervalo, Sérgio Vieira trouxe Edno e a passagem de Tozé para zonas mais centrais, só que Sérgio Conceição trouxe novamente um domínio em zonas mais altas no terreno, o que tornou a limitar a vertente ofensiva de um Moreirense que queria muito mais bola do que a que o adversário lhe permitia. Mérito portista, sem dúvida. Mas mérito curto.

Havia uma intenção clara de ainda discutir o jogo por parte dos cónegos, demonstrada na atitude em campo e combinada com um súbito apagão portista, depois do primeiro quarto de hora. As quebras de jogo não ajudaram a equipa de Sérgio Conceição, a presença de André André não foi totalmente feliz e a saída de Layún do meio também tirou alguma pujança à equipa, que iria sofrer, depois de uma bola vinda da esquerda do ataque cónego que Edno finalizou.

Estava de volta a emoção e também a certeza de que os últimos minutos seriam incertos. Aí valeu a maior sabedoria portista a gerir o encontro. Longe da sua área e perto, mais perto... do Jamor.

U Quinta, 11 Janeiro 2018 - 20:30
Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas
Manuel Oliveira
1-2
Edno 73'
Héctor Herrera 8'
Miguel Layún 20'
Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas
Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas
Portugal
Moreira de Cónegos - Guimarães
Lotação6 153
Medidas104x68
Inauguração2002
FaseQuartos-de-Final
Lances Capitais
GOLO FC Porto!
Héctor Herrera marca
Héctor Herrera marca o seu 1º golo na prova (2 jogos)
20´
GOLO FC Porto!
Miguel Layún marca
Miguel Layún marca o seu 1º golo na prova (2 jogos)
73´
GOLO Moreirense!
Edno marca
Edno marca o seu 1º golo na prova (1 jogos)
A Chave
Minuto 28: Enorme oportunidade para Peña reduzir, algo que daria maior vivacidade e incerteza ao jogo durante muito mais tempo. O 1x2 acabou por chegar, mas já sem tanta margem para o Moreirense sonhar.
O Árbitro
Arbitragem sem sobressaltos e a dar boa conta do recado.
O Melhor
Inventar soluções
Além da passagem à próxima fase, Conceição ficou com a certeza de que, à falta de reforços, tem soluções multifacetadas no plantel. Layún, que surgiu atrás do avançado, mostrou ser uma espécie de reforço improvável e que pode fazer várias funções. Mérito do jogador e mérito do treinador. Mas também o houve do lado do Moreirense, que mostrou continuar competitivo mesmo sem a maioria dos titulares, com possíveis dividendos para o resto da época.
O Pior
Questão física
Brahimi é dos melhores jogadores em Portugal e a sua lesão é sempre de lamentar. Porém, houve mais do que isso: Marega queixou-se no aquecimento, Soares e Layún ameaçaram sair. Situações a mais para um plantel que tem soluções a menos (nada que não se saiba). Há mesmo necessidade de ir ao mercado, nem que seja com regressos de emprestados.
Forma
Moreirense
2017/2018
24J
7V
8E
9D
29-36G
FC Porto
2017/2018
29J
22V
5E
2D
79-23G
Sabia que...by playmaker stats
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