O FC Porto passou incólume pelas temperaturas geladas de Moreira de Cónegos e marcou duplo encontro com o Sporting nas meias-finais da Taça de Portugal, depois de um jogo tornado fácil com os dois golos madrugadores, apesar de ter acabado com algum sofrimento. Herrera e Layún fizeram os golos dos dragões e deram um perfume mexicano ao jogo.
Dizemos que se tornou fácil porque aos 20 minutos a diferença já era de dois golos, o que por si só era um sinónimo de conforto. O que subia de patamar ao lembrar a força que tem sido este FC Porto, quer a atacar, quer a defender.
E que não se pense que não houve réplica do Moreirense. É verdade que Casillas teve 25 minutos dificílimos para se manter quente. Não foi incomodado e a noite estava mesmo gelada. Mas em boa hora foi mexendo os braços, já que, depois da grande oportunidade criada por Peña e por Zizo, na qual o espanhol foi determinante, assistiu-se a uma nova crença do Moreirense, desperto para a oportunidade que tinha pela frente e para a hora de jogo que sobrava.
Só que, mesmo contornando o facto de haver pouco entrosamento entre os jogadores, era preciso mais para colocar em causa o vencedor do jogo. Na fase de maior ameaça, que também aconteceu com a quebra do FC Porto à espera da substituição de Brahimi (queixas físicas), pouco mais trabalho teve Casillas.
Havia uma intenção clara de ainda discutir o jogo por parte dos cónegos, demonstrada na atitude em campo e combinada com um súbito apagão portista, depois do primeiro quarto de hora. As quebras de jogo não ajudaram a equipa de Sérgio Conceição, a presença de André André não foi totalmente feliz e a saída de Layún do meio também tirou alguma pujança à equipa, que iria sofrer, depois de uma bola vinda da esquerda do ataque cónego que Edno finalizou.
Estava de volta a emoção e também a certeza de que os últimos minutos seriam incertos. Aí valeu a maior sabedoria portista a gerir o encontro. Longe da sua área e perto, mais perto... do Jamor.