Esperava-se um teste difícil para o Sporting, em Alvalade, com a receção a um Portimonense que tinha criado dificuldades a FC Porto e Benfica. No entanto, os leões passaram o exame com distinção e relativa facilidade com uma vitória por 2x0 que permite à equipa de Jorge Jesus terminar o ano na liderança do campeonato. Foi um Sporting pressionante e poderoso ofensivamente, com Podence em plano de evidência, e um Portimonense algo tímido perante os jogadores com talento que atuam na equipa algarvia.
O futebol é de quem o pratica e dos seus adeptos. Sporting e Portimonense tinham dado provas, antes desta partida, da sua qualidade e, talvez por isso, Alvalade encheu para receber um encontro entre duas equipas que, de maneiras distintas, dão primazia ao futebol ofensivo e que têm intervenientes capazes de, por si só, chamar a si os adeptos e as atenções de uma partida.
A resposta? Pouco. O Portimonense mantinha-se paciente enquanto o Sporting ia trocando a bola nas suas zonas recuadas e apenas quando chegava ao último terço a velocidade aumentava. A equipa algarvia demorou a encontrar soluções para a forte pressão de um Leão ávido por ter bola e, por isso, na altura em que a equipa de Vítor Oliveira tinha bola havia uma precipitação na hora de solicitar os homens mais avançados. O Sporting, com e sem bola, controlava a partida à sua maneira e apenas numa distração defensiva o Portimonense conseguiu ameaçar. Nakajima atirou ao lado, mas Jesus e a sua equipa iam para o balneário avisados. As inúmeras oportunidades que tinham sido criadas eram para finalizar, porque este Portimonense sabe o que faz lá à frente e num golpe de génio podia inverter uma partida em que o Sporting era dominador.
O Portimonense não tinha feito uma primeira parte brilhante, longe disso, mas tinha deixado no ar uma possibilidade de criar perigo ao leão que foi para o intervalo com uma vantagem curta para aquilo que produziu ofensivamente. A dúvida ainda pairava no ar, mas não permaneceu muito tempo. Hackman foi imprudente e acabou expulso, deixando a sua equipa com menos uma unidade e à mercê de um Sporting que tinha regressado dos balneários com vontade de arrumar rápido a questão.
Como vem sido hábito, em Alvalade, o Sporting, com a partida praticamente decidida, desceu imenso o ritmo de jogo e foi revelando, aqui ou ali, algumas desatenções que foram permitindo fogachos atacantes à equipa de Portimão, mas esta noite não foi a ideal para o talento de Paulinho, Nakajima ou Fabrício. A equipa de Vítor Oliveira não conseguiu mostrar as ideias que tinha apresentando perante os outros candidatos ao títuto e não ameaçou a equipa de Jorge Jesus. O Sporting vai mesmo passar o ano na liderança.