O pior cenário possível confirmou-se. O Benfica foi derrotado na receção ao Basileia e termina a sua época europeia sem qualquer ponto conquistado e com um registo de 14 golos sofridos e apenas um marcado. Uma prestação para esquecer por parte da equipa de Rui Vitória que terá agora de se limitar às competições internas.
Da partida na Luz o Benfica apenas poderia recuperar um pouco da sua honra e procurar angariar pontos europeus e milhões para os seus cofres. Assim, Rui Vitória recebeu o Basileia com várias mexidas - nove se olharmos para o clássico diante do FC Porto - procurando dar aos jogadores menos utilizados a oportunidade de mostrar que merecem mais. O Basileia chegava a Portugal com a lição bem estudada. Uma vitória permitia aos suíços chegar à fase seguinte da Prova Milionária e a estratégia foi demonstrada bem cedo.
⚠️HISTÓRICO!!! Neste momento, ⏰20' de jogo frente ao 🇨🇭FC Basel, o 🔴Benfica está na pior média de golos sofridos de sempre nas provas europeias, em 6+ jogos, (2,16 golos/jogo) 😯 pic.twitter.com/VI7MqBOcgD
— playmakerstats (@playmaker_PT) 5 de dezembro de 2017
As duas equipas ainda mal tinham criado qualquer esboço ofensivo quando surgiu o golo do Basileia. Eliseu deu espaço a Lang e o suíço cruzou para a cabeça de Elyounoussi que aproveitou o atraso de Douglas para inaugurar o marcador. Melhor não podia ter acontecido, da perspetiva do Basileia.
Golo marcado, linhas baixas e iniciativa de jogo a um Benfica que não parecia estar em campo com muita vontade. O ritmo de jogo era baixíssimo e os passes falhados eram imensos, perante uma equipa que jogava no seu meio-campo e tentava explorar o contra-ataque como havia feito na primeira-volta, lembrando-se que a estratégia tinha funcionado em pleno.
No Benfica, o mais inconformado era precisamente um jogador suíço. Seferovic procurou arranjar espaços para si ou para os seus colegas e foi o único a conseguir ameaçar a baliza do Basileia, que pouco depois só não foi para o balneário com uma vantagem mais alargada porque Jardel esteve sempre concentrado e antecipou-se a Oberlin quando os adeptos suíços já festejavam o segundo. Rui Vitória ia para o balneário descontente com a exibição da sua equipa, e tinha motivos para isso.
O regresso aos relvados trouxe um Benfica ligeiramente mais pressionante e os encarnados iam aproximando-se mais da baliza do Basileia. Os suíços não se amedrontaram pela entrada mais fulgurante dos encarnados e na altura em que Rui Vitória decidiu alterar o esquema com a entrada de Jonas, os suíços chegaram ao segundo golo num lance oportunista de Oberlin na área encarnada. Tudo a correr à maneira do Basileia, que agora tinha uma vantagem ainda mais confortável para continuar a procurar atacar a profundidade e dar o golpe final na partida.
Para o Benfica, o golpe já estava dado. A boa entrada em campo só durou quinze minutos e depois disso os jogadores encarnados limitaram-se a ver o tempo passar dando até algumas oportunidades ao Basileia para fazer o terceiro. Termina, de forma inglória, uma prestação europeia completamente por esquecer por parte do Benfica num grupo em que os encarnados tinham obrigação de fazer bem melhor.