Depois do empate em 2016/2017, o Benfica voltou a pontuar no Estádio do Dragão. Os campeões nacionais têm sentido dificuldades no estádio de um dos seus maiores rivais, e a igualdade, que deixa a equipa de Rui Vitória a depender de si mesma para chegar ao penta, marca algo pouco usual para os encarnados: sair vivo do Dragão dois anos consecutivos.
O final dos anos 70 e o início da década de 80 marcaram uma viragem no futebol português. Depois de duas décadas de domínio encarnado, houve lugar a hegemonia azul e branca. Por isso, entre 1978 e 1991, não só o Benfica nunca conseguiu passar dois anos invicto no Dragão, como conquistou apenas 3 pontos em 12 partidas.
César Brito, em 1990/1991, com dois golos, carimbou a primeira vitória encarnada em quase 15 anos, com o título a ser mesmo assegurado pela equipa de Erikson. Um ano depois, Dragão com pólvora seca, igualdade no marcador, mas o título, no fim, acabou mesmo a Norte.
Época | Resultado | Campeão nacional |
---|---|---|
1990/1991 | 0x2 | Benfica |
1991/1992 | 0x0 | FC Porto |
2004/2005 | 1x1 | Benfica |
2005/2006 | 0x2 | FC Porto |
2016/2017 | 1x1 | Benfica |
2017/2018 | 0x0 | ? |
As dificuldades vermelhas e brancas prosseguiram e foi preciso esperar pelo novo século para assistirmos a dois clássicos consecutivos no Dragão sem vitória portista. Geovanni empatou para os homens de Trap, Nuno Gomes voltou a gelar Dragão, tal e qual como César Brito tinha feito nas Antas. A história foi a mesma: título na Luz num ano, caneco no Dragão no outro.
Depois do tetracampeonato encarnado de 2016/2017, o FC Porto não se importava em manter a tradição quando não consegue derrubar a águia no seu território em duas tentativas seguidas.