Leão cumpre missão no dérbi

O Sporting cumpriu e venceu o Belenenses no dérbi lisboeta, que antecedeu o Clássico entre FC Porto e Benfica. Os leões entraram dominantes e chegaram à vantagem no primeiro quarto de hora, através do suspeito do costume Bas Dost, que chegou aos 50 golos de leão ao peito.

Os azuis do Restelo ainda conseguiram equilibrar de certa forma a balança na segunda parte, mas não foram capazes de anular a vantagem alcançada pela equipa de Jesus.

Uma pequena Dost de Podence

Apenas uma alteração a registar face ao onze leonino que venceu em Paços de Ferreira. Jorge Jesus apostou em Daniel Podence na frente de ataque, ao lado de Bas Dost, fazendo recuar Bruno Fernandes para o lugar de Battaglia, e a entrada do internacional sub-21 português trouxe uma dinâmica muito interessante aos leões, apostados na irreverência e velocidade do camisola 17.

O pequeno génio de Podence rompeu a todo o vapor pela faixa lateral e caiu na área belenense com um empurrão nas costas precipitado de Florent Hanin. O lateral decidiu muito mal e Nuno Almeida não hesitou na hora de apontar para a marca dos onze metros. Encarregue da marcação, Bas Dost abriu o marcador e chegou aos 50 golos com a camisola do Sporting.

Sempre no comando das operações, a equipa de Jesus foi cedendo à estrutura defensiva do Belenenses, mais apostada em travar o ataque dos verdes e brancos do que propriamente em avançar no terreno, e diminuiu gradualmente a intensidade da partida, esperando pelo momento certo para atacar a presa e/ou por algum rasgo de génios como Podence, Bruno Fernandes e Gelson Martins.

Azuis equilibraram a balança

Perante a desvantagem, Domingos procurou inverter o rumo dos acontecimentos na segunda parte. A entrada do avançado Maurides para o lugar de um dos médios mais recuados – Bouba Saré - foi um sinal evidente para aquilo que o treinador dos azuis do Restelo pretendia para os últimos 45 minutos.

O ajuste tático deu asas ao Belenenses, que conseguiu chegar com mais critério e maior regularidade do que o adversário ao último terço contrário, embora sem nunca conseguir deslumbrar na última etapa e tão importante: a finalização.

Algum nervosismo incaracterístico no lado do Sporting, face ao futebol apresentado pela equipa da casa na primeira metade, deu alguns calafrios aos adeptos sportinguistas presentes nas bancadas de Alvalade, que não passaram indiferentes aos momentos de menor inspiração da equipa de Jesus.

Eletrizante. É de facto a melhor palavra para descrever o último quarto de hora de jogo em Alvalade. De um lado, um Belenenses insistentemente à procura do empate e por outro o Sporting a tentar evitar o empate e em busca do golo da tranquilidade.

Bruno Fernandes teve algumas oportunidades de registo, mas a melhor saiu mesmo dos pés de Bryan Ruiz – regressou seis meses depois aos jogos em Alvalade. O costa-riquenho picou a bola sobre Muriel, mas viu Nuno Tomás afastar a bola em cima da linha de baliza.

O 1x0 manteve-se e o Sporting acabou mesmo por sorrir em Alvalade. Num dia marcado pelo Clássico, era importante para a equipa de Jesus conquistar os três pontos frente ao Belenenses para ‘ganhar’ pontos a pelo menos um dos rivais na luta pelo título.