Vic-54 26-04-2024, 08:15
Para o Benfica poder ainda sonhar com uma continuidade europeia – se a Liga Europa é difícil, nem vale a pena pensar já nos oitavos -, a equipa de Rui Vitória terá de conquistar o primeiro triunfo nesta edição da Liga dos Campeões.
O confronto com o CSKA surge numa altura em que os encarnados solidificavam um novo sistema, com três médios. Sem Krovinovic, será tempo de procurar um regresso às bases táticas ou a mesma fórmula pode ser replicada com outro(s) protagonista(s)?
Se Rui Vitória quiser regressar às origens e jogar novamente com dois avançados, o Benfica terá mais gente no último terço para castigar a defesa do CSKA. Na verdade, os encarnados precisam de arriscar e, portanto, esta é a solução mais ousada. Desde logo porque permite voltar a ter Jonas mais liberto e permite ainda que o Benfica possa ter outro poder de fogo, apesar da baixa de forma de Seferovic - Jiménez pode surgir no onze.
Por outro lado, esta solução deixava o meio-campo do Benfica mais desprotegido. E, nesse aspeto, será curioso perceber com que confiança é que a defesa do Benfica abordará a partida. Bruno Varela regressa ao onze e terá de deixar a sua defesa confortável para que a equipa tetracampeã nacional não esteja demasiado recuada e entregue ao talento russo.
Há ainda a velha questão do meio-campo. Pizzi não está a passar a melhor das fases e Fejsa, com um maior pendor atacante do médio português, pode ser apanhado em inferioridade numérica...
De facto, não há outra coisa que o Benfica precise mais do que pontos. A equipa de Rui Vitória aborda a partida com a obrigação de a vencer. Apesar de estar em modo «tudo ou nada», a verdade é que a solução de Rui Vitória manter o 4-3-3 poderá não ser necessariamente a mais conservadora. É que o novo sistema tem dado pontos...
Ainda assim, esta solução torna-se menos verossímil se tivermos em conta a ausência de um clone de Krovinovic. Ou seja, qualquer dos jogadores que Rui Vitória possa colocar no meio-campo não crível uma manutenção exata da forma de jogar. Felipe Augusto e Samaris dão mais consistência defensiva e menos acutilância atacante.
E há ainda Jonas, que neste sistema pode estar entregue a si próprio. O brasileiro sabe posicionar-se nas zonas «mortas», mas o CSKA coloca muita gente atrás e, por isso, há que saber contornar a organização russa. Os pontos estão à espera...
2-0 | ||
Georgi Schennikov 13' | Jardel 56' (p.b.) |