O Benfica passou incólume por Guimarães, na 11.ª jornada da Liga NOS, saíndo da cidade berço com um triunfo por 1x3 e três pontos vitais na luta "por fora" pelo título nacional. Rui Vitória lançou Krovinovic no onze titular e ganhou a aposta - especialmente na primeira parte -, enquanto o V. Guimarães procurou reagir na segunda parte mas acabou "ko" em quatro minutos.
Foram precisos 22 minutos para o futebol virar epicentro em Guimarães, e logo com o golo do Benfica. Jogada perfeita criada pelo lado direito, com Krovinovic e André Almeida a combinarem e Jonas a desviar no meio o cruzamento do lateral. As águias chegavam à vantagem no primeiro envolvimento total e solidificavam uma entrada positiva baseada no modelo adotado por Rui Vitória para este encontro.
E com Krovinovic na meia direita, o caudal ofensivo do Benfica pendeu naturalmente para esse lado e envolveu mais Salvio e André Almeida, os dois protagonistas do lance que aos 43 minutos podia ter dado o segundo às águias – valeu Miguel Silva a defender o remate do argentino, já bem dentro da área vitoriana.
Jogou-se muito do resultado na batalha do meio-campo. E se na primeira parte a supremacia foi encarnada, houve mais Vitória depois do intervalo. Francisco Ramos, que teve tarefas mais centrais e ofensivas, exibiu-se a bom nível durante todo o encontro e teve a companhia dos colegas da frente na segunda parte.
Recuperações mais altas e maior acutilância no ataque à baliza de Svilar aproximaram a equipa de Pedro Martins do momento de decisão, com Héldon a crescer e Victor García a dar “asas” às qualidades de defesa ofensivo. Sofria mais o Benfica e Rui Vitória percebeu isso à passagem da hora de jogo; tirou Pizzi e meteu Samaris para devolver a consistência ao miolo e... resolver o encontro.
Respondeu de imediato Pedro Martins, mutando o 4-3-3 para um 4-4-2 com a entrada de Rafael Martins para a saída de Rafael Miranda e posicionando Francisco Ramos ao lado de Celis. Ainda assim, Svilar e Miguel Silva poucas vezes iam sendo postos à prova; Héldon, com um remate em arco mas por cima (63') esboçou algum perigo vimaranense, enquanto do outro lado o Benfica tentava dar a "bicada" final em saídas rápidas - corte de Marcos Valente aos 72' tirou o "pão da boca" a Salvio.
O minuto 76 pôs uma pedra sobre o assunto no D. Afonso Henriques, com o segundo golo do Benfica. Samaris, que tinha reequilibrado o meio-campo encarnado, apareceu em zona de finalização e acabou com a história do jogo. Tranquilo, o Benfica ainda avolumou os números do triunfo aos 79 minutos, com Salvio a finalizar com um chapéu à saída de Miguel Silva e já nem o golo de Rafael Martins (87') desviou as águias dos três pontos - até porque Tallo desperdiçou uma grande penalidade nos descontos.