Num jogo em que o lado físico era um assunto delicado, depois das baixas e do pouco tempo de recuperação, o FC Porto soube ser fiel aos seus princípios e, ao mesmo tempo, não dar folga ao acelerador. Herrera marcou um e deu o outro, dando mais uma demonstração de estar em grande forma. Agora, é tempo de descanso, na liderança (reforçada!?) da Liga NOS.
Podia faltar Marega, podia não haver Danilo e podia não ter existido tempo para uma recuperação física total depois do exigente jogo contra o Leipzig. Mas não faltou atitude, entrega à causa, pressão sobre o adversário ou capacidade de criação num futebol rápido, ágil, diverso nas ideias e objetivo. Basicamente, foi um FC Porto à imagem do que tem sido esta época.
Mas não será por acaso. Os dragões têm esse mérito numa época onde até podem ter dissabores com questões físicas (como está a acontecer), mas há muito não se via uma plateia tão entusiasmada com o bom futebol que a equipa pratica. E sem prejuízo desportivo, pelo contrário.
Seria Herrera, também ele a viver a sua melhor fase de dragão ao peito, a abrir o ativo e a fazer o golo que já há algum tempo a equipa merecia.
Um golo que levou justiça para o intervalo. Um golo que teve troco.
Domingos corrigiu o tal problema da precipitação e o Belenenses foi melhor no segundo tempo, tendo maior capacidade para construir, o que também aconteceu porque o FC Porto foi o que tinha de ser: mais comedido na intensidade, embora sem nunca perder o controlo do jogo e a maioria da posse.
Após 20 minutos mais renhidos e equilibrados, os dragões tornaram a crescer no jogo, também ajudados pelas substituições, que trouxeram, mais do que frescura física, um novo discernimento na capacidade de decisão, que tinha piorado até então.
Chegou agora o tempo de descanso. E o dragão estará na frente. Resta saber por quantos pontos.