O Vitória superou a primeira de três finais na Liga Europa e ganhou pela primeira vez, num resultado conseguido com a cabeça de Hurtado e com muita alma vimaranense. Guimarães voltou a viver uma grande noite europeia e a equipa de Pedro Martins ganha um grande balão de confiança.
Num jogo que começou de forma quente e polémica bem antes do apito inicial (explicamos aqui), foi bem mais comedido o arranque da bola a rolar. E com duas notas. Uma que já se sabia de antemão: o Marselha tem, individualmente, jogadores de muito maior qualidade. Outra que se percebeu logo ao primeiro olhar para o relvado: o Vitória queria muito mais o triunfo.
Não foi de estranhar que a vontade de bocejar tenha acontecido durante a primeira meia hora. Em vários lados, menos na bancada, onde os vimaranenses acederam ao pedido de Pedro Martins para um ambiente de incentivo, ainda que a meia casa.
Como se viu pelo início da segunda parte, onde houve bem mais velocidade e vontade por parte dos franceses, o que fez com que fosse seu o primeiro quarto de hora, incluindo mais uma grande oportunidade de Njie, desta vez isolado e a desviar de Miguel Silva, mas a ver Marcos Valente crescer ainda mais na candidatura a melhor em campo com um grande corte.
Por volta do minuto 60, vou novamente tempo para o Vitória crescer e estar perto do golo. Rafael Martins disparou uma bomba à trave, Raphinha viu Mandanda defender com muita dificuldade e Garcia teve que ir ao banco à procura de alguém que lhe desse maior tranquilidade.
Dois momentos que podiam sugerir mais um triste fado nacional. Mas assim não foi. Sempre com Francisco Ramos a dar bom critério de passe e circulação, a equipa conseguiu finalmente o golo que tanto procurou, num fantástico cruzamento de Héldon ao qual Hurtado respondeu de cabeça. Houve novo beijo na trave, mas desta vez também na rede.
E eis que surgiu a primeira vitória.