Derrota com Besiktas, vitória no Mónaco, desaire em Leipzig, vitória no Dragão. A prestação do FC Porto na Liga dos Campeões continua uma roda viva e está... bem viva. Os portistas bateram os alemães num jogo que pareceu estar muito complicado e chegaram ao segundo lugar, ficando em posição muito interessante para seguirem em frente.
Quando, aos 12 minutos, depois de um pique que deu em canto, Marega avisou o banco que não dava mais, saindo inconsolável e dando lugar a André André, muitos foram os adeptos que fizeram contas às armas disponíveis. Uma lesão muscular resulta sempre numa paragem de várias semanas e a semana tinha começado com o mesmo problema para Otávio, que se juntou a Soares nos indisponíveis. São várias contrariedades ofensivas que preocupam e que limitam. A seu tempo o veremos.
Só que não a serenou. Escaldados pelos seis golos sofridos em três jogos, os jogadores portistas foram demasiado ansiosos e vulneráveis ao adversário (que tem enorme qualidade), nunca conseguindo uma construção criteriosa a meio e cedendo sempre à pressão alta do adversário, jogando direto.
O problema era... a ausência de Marega. André André tem características diferentes, tentou ser um segundo avançado, mas nunca teve poder de explosão. Com jogo direto e com Aboubakar perdido entre os centrais, o português era igualmente presa fácil. Além disso, o meio-campo não conseguia ter bola no pé, Danilo voltou a falhar nesse capítulo e apenas Brahimi conseguia serenar o jogo da sua equipa, só que em zona muito atrasadas.
E convém não descurar o Leipzig, a assumir o jogo sem receio, com uma enorme capacidade para criar jogo curto e levar o perigo à área contrária, onde, como já dissemos, era uma tremideira. O golo do empate já era mais do que justo no fim do primeiro tempo, mas só chegou a abrir o segundo, com o fresquinho Werner a bater Sá depois de a defesa portista ter sido incapaz de fechar as linhas de passe.
Um golo que teve tudo para deixar ainda mais intranquila a equipa azul e branca e que trouxe, no imediato, algum descrédito. Só que morou nos adeptos o primeiro esboço de reação.
Com a bola a chegar a Brahimi e a Corona mais à frente, foi também possível a André André ter mais colaboração e isso foi fundamental.
O golo chegaria numa bola parada novamente, mas desta vez já com outras consequências. A equipa ficou muito mais confiante e conseguiu controlar os alemães em zonas mais distantes da baliza de José Sá.