*com Feliz Mangane @ folhademaputo.co.mz
«Já não vamos festejar em novembro, mas sim em outubro», foram estas as declarações de Nelson Santos no final do último jogo do Moçambola. O técnico cumpriu a promessa e os canarinhos voltaram a fazer a festa da conquista de um troféu importante.
O Costa do Sol conquistou, na noite de ontem, no Estádio Nacional do Zimpeto, a 12ª Taça de Moçambique, ao derrotar na final a União Desportiva do Songo por uma bola (0x1) sem resposta.
Numa partida muito bem disputada, os canarinhos estiveram melhor na primeira parte, correram mais que o seu adversário, e criaram algumas oportunidades para abrir as hostilidades, mas não conseguiram acertar no alvo.
Na segunda parte os hidroeléctricos que procuravam a dobradinha, equilibraram a balança, e em alguns momentos tiveram maior ascendente, demonstrando vontade de resolver a contenda ao seu favor dentro do tempo regulamentar, e o Costa do Sol evidenciava algum cansaço nas pernas.
E porque ninguém acertava com as redes tanto de Guirrugo, bem como de Swini, para o desespero dos adeptos, que não se cansavam de apoiar as duas equipas, a partida chegou aos noventa minutos com o nulo a prevalecer. Aníbal Armando deu mais quatro minutos para compensar as neutralizações, mas nada de novo aconteceu e foi-se ao prolongamento.
No prolongamento, a equipa canarinha, apareceu transfigurada, criava lances de perigo, mas a União Desportiva do Songo, não ficou a ver o canário ganhar asas sem nada fazer, tentou sem sucesso ameaçar a baliza de Gurrugo, a primeira parte do tempo extra terminou como a partida começou.
E veio a segunda, e com ela aquilo que os adeptos há muito queriam ver, o verdadeiro sal do futebol. Depois de ter ameaçado por algumas vezes, numa delas tendo rematado para o "mercado Zimpeto", Isac recebe um passe do lado esquerdo do ataque, galga terreno e a entrada da grande desferiu um "míssil" que só parou no fundo da baliza de Swini, que nada podia fazer.
O Estádio Nacional do Zimpeto, quase foi abaixo, e o canário ganhou asas para quebrar o jejum que já durava a dez anos. Sorrisos de orelha a orelha estavam estampados nos rostos dos adeptos, jogadores, equipa técnica e membros da direcção do Costa do Sol, cenário que contrastava com o semblante fechado dos elementos da UDS.
Poucos minutos depois, Aníbal Armando apitou pela última vez, e começou a festa que Nelson Santos, tanto prometeu que seria em novembro, mas que na semana passada, disse que a mesma foi antecipada para este mês de outubro.
Um dado curioso é que logo depois do apito final de Aníbal Armando, Nelson Santos, deu um sprint estilo Usain Bolt, em direcção aos balneários, e minutos depois regressou de mãos a abanar, não sabemos o que lá ia fazer, mas a verdade é que saiu do Zimpeto com a medalha e a Taça de Moçambique
0-1 a.p. | ||
Isac 116' |