Já não há Soares, mas voltou a haver recuperação de três golos em Guimarães

Que jogo ofegante em Guimarães... Portimonense e Vitória de Guimarães empataram a três bolas, isto depois da equipa de Vítor Oliveira estar com uma vantagem de três golos. Os homens da casa reagiram, arriscaram, e o prémio chegou já perto do final, com uma grande figura em destaque. Fica o morrer na praia para os algarvios...

Depois de um início de jogo equilibrado, mas com mais pendor ofensivo para o lado do Vitória, foi o Portimonense a criar impacto e a agredir em força a defensiva vimaranense. Dois golos em três minutos, ambos em transição rápida, com Fabrício em grande - o avançado brasileiro fez assistência e (belo) golo. O Vitória arriscava mas deixava muito espaço, aproveitado por Pedro Sá, que fez o terceiro dos algarvios, criando o pânico no D. Afonso Henriques. 

O Vitória, mais com o coração do que com a cabeça, foi para cima do adversário e chegou ao primeiro golo da recuperação ainda antes do apito do árbitro, por intermédio de Raphinha, com culpas para Ricardo Ferreira. Intervalo, com um estádio conquistador à espera de pequeno milagre. 

No segundo tempo, a realidade do final da primeira parte acentuou-se ainda mais. Portimonense muito recuado, com dificuldades em sair para novas transições; Vitória com muito pendor atacante, a colocar os seus laterais permanentemente no último terço do campo. Rafael Martins, que já tinha feito dois golos anulados pelo árbitro, reduziu à entrada dos últimos dez minutos, antes de Raphinha ter vestido a pele de herói para o golo do empate. 

Até ao final, as duas equipas, mais preocupadas em procurar um quarto golo do que em estar organizadas defensivamente, criaram perigo e poderiam ter marcado - Miguel Silva fechou o jogo com grande defesa a remate do incansável Fabrício. Depois do empate diante do Sporting na época passada, o Vitória voltou a recuperar de uma desvantagem de três golos.