A vida do Vitória na Liga Europa ficou esta quinta-feira mais complicada depois da equipa portuguesa sair derrotada da deslocação ao Vélodrome, frente ao Marselha (2x1), numa partida em que Rafael Martins até adiantou a equipa de Guimarães no marcador. Duas desatenções acabaram por ser decisivas para a derrota do Vitória que termina a primeira volta com apenas um ponto e tem agora vida difícil na luta pela passagem à fase seguinte da prova.
A partida não era decisiva para nenhuma das equipas mas era importante pelo menos pontuar para não se perder o comboio de um grupo que ainda está bastante equilibrado. Apesar disso, Rudi Garcia deixou alguns dos seus melhores jogadores no banco - Payet foi um deles - e o Vitória entrou melhor em campo com um miolo reforçado pelas entradas de Rafael Miranda e Francisco Ramos que iam resultando na tarefa de bloquear os espaços à equipa marselhesa impedindo que Sanson e Luiz Gustavo conseguissem construir jogo.
A equipa de Pedro Martins ia fechando bem o seu meio campo mas também estava a conseguir trocar a bola com qualidade e aproximar-se da baliza de Mandanda e foi precisamente ao fechar o espaço que surgiu o golo da equipa portuguesa. Recuperação de bola e contra-ataque conduzido por João Aurélio que colocou a bola em Heldon. O cabo-verdiano cruzou com excelência para a cabeça de Rafael Martins que, na segunda grande oportunidade que dispôs, bateu Mandanda.
Estava feito o mais difícil e cabia agora ao Vitória continuar a fechar o espaço como tinha conseguido no início da partida. Só que uma distração permitiu ao Marselha chegar ao golo. Descoordenação entre Raphinha e Rafael Miranda aproveitada da melhor maneira pelo emblema francês e por Ocampos que de forma acrobática igualou novamente a partida.
O Vitória sentiu o golo e deixou de conseguir fechar tão bem os espaços ao Marselha - Sarr criou vários desiquilíbrios - que ia ficando mais próximo do golo.
Depois de um final de primeira parte algo sofrido para o Vitória, o início do segundo tempo não foi diferente. A equipa de Pedro Martins foi quebrando fisicamente e foi dando mais espaço ao Marselha e quando havia oportunidade para o contra-ataque os vitorianos também não estavam a conseguir aproveitar.
A partir da hora de jogo as diferenças foram-se sentindo casa vez mais, o Vitória estava mais recuado e o Marselha ia tendo bola onde no primeiro tempo não tinha conseguido ter e com isso criava mais perigo junto à baliza de Miguel Silva que viu Ocampos atirar à barra. Quando o ímpeto da equipa francesa parecia começar a perder-se, surgiu o golo do Marselha novamente num lance de desconcentração que culminou num bom trabalho de Ocampos e o golo de Maxime López.
Depois do golo sofrido cabia ao Vitória unir forças e procurar tirar algo da viagem a Marselha, mesmo que para isso pudesse surgir um terceiro golo da equipa da casa. A equipa portuguesa ainda ameaçou Mandanda que defendeu com os pés a melhor ocasião do Vitória no segundo tempo e impediu que a equipa de Pedro Martins conseguisse conquistar um ponto que seria importante para manter vivas as aspirações da equipa portuguesa em ainda lutar pelo apuramento.