O Sporting de Braga veio esclarecer no seu último Relatório e Contas todos os contornos de todos os negócios que envolveram Rafa. O clube minhoto explicou todas as transações que envolveram o passe do internacional português até à sua venda ao Benfica por 16 milhões, explicando ainda que o jogador rendeu um lucro de 9,3 milhões à SAD liderada por António Salvador.
Rafa foi contratado pelo Braga ao Feirense em 2013. Nessa altura os minhotos e a Gestifute, de Jorge Mendes, pagaram juntas um total de 496 mil euros e ficaram cada uma com 40% do passe do extremo. O Feirense manteve 10 % e o empresário António Araújo, da OnSoccer, ficou com outros 10%.
Em 2014, o Braga vendeu os seus 40% do passe ao fundo Browsefish Limited por 7,15 milhões. Um ano depois a SAD minhota decidiu investir 12 milhões de euros na compra dos 80% do passe do jogador que estavam na posse da Gestifute e do Browsefish Limited. Jorge Mendes recebeu quatro milhões pela sua percentagem e o Browsefish recebeu oito milhões.
Dessa forma, no verão de 2016/2017, quando o Benfica decidiu avançar para a compra de Rafa o passe do jogador estava distribuído da seguinte forma: Braga com 80%, António Araújo com 10% e Feirense com 10%. Os encarnados pagaram 16 milhões de euros, os minhotos a receberem 14,4 milhões, o Feirense 1,6 milhões, sendo que o Benfica assumiu ainda o pagamento dos 10% a António Araújo, com um valor que não é conhecido.
Portanto, o Braga pagou 248 mil euros na compra de Rafa em 2013. Recebeu 7,15 milhões quando vendeu a sua percentagem ao fundo Browsefish Limited, em 2014. Depois pagou 12 milhões na compra de 80% do passe em 2015 e em 2016 recebeu 14,4 da venda do jogador ao Benfica. Todo somado e subtraído resulta então em 9,3 milhões de euros de lucro para o Braga.