Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, defendeu claramente que pelo que fez no terreno do Sporting, a equipa portista merecia ter garantido os três pontos. Na flash interview da Sport TV, o técnico começou por destacar em particular o domínio na primeira parte.
«Acho que perdemos dois pontos aqui hoje, independentemente da qualidade do adversário, que é conhecida, porque é um rival com muita qualidade. Não me lembro de o Iker fazer uma defesa. Fizemos uma primeira parte muito sólida, muito madura, a anular tudo o que era a ligação e construção de jogo do Sporting, a saber onde ferir o Sporting. No último terço, no momento de definição, podíamos ter sido mais rápidos a decidir. Aqui ou acolá, na zona de definição podíamos ter sido mais objetivos. Mas penso que fizemos uma primeira parte fantástica, o Sporting não chegou à nossa baliza, só através de pontapés de canto».
Já no que toca à segunda parte, o técnico portista admitiu que o rendimento não foi igual. «Penso que houve um certo relaxamento, de forma inconsciente, foi um jogo mais equilibrado. Houve uma ocasião que o Bruno Fernandes podia ter concluído de outra forma. No geral penso que tivemos mais oportunidades e podíamos ter vencido o jogo».
Questionado sobre um eventual efeito negativo da perda dos primeiros pontos no campeonato, o treinador portista rebateu: «Tem [um efeito] positivo. Fizemos um jogo fantástico em casa de um rival. Como é que [os jogadores] podem ficar abalados com este empate? Ficam é ainda mais confiantes».
O treinador portista revelou ainda o que disse aos jogadores no final do encontro, numa espécie de «grito de guerra» no relvado em Alvalade.
«Não costumo dizer [o que digo aos jogadores] mas vou dizer: disse que íamos ser campeões. Com esta atitude, com esta determinação, com esta qualidade... disse-lhes que vamos ser campeões», indicou, acrescentando: «Vamos ser verdadeiramente um sério candidato ao título».
A rematar a conversa, o técnico portista falou sobre o que significou para si defrontar Jorge Jesus.
«Na hora do jogo, nem que estivesse o meu pai ou a minha mãe do outro lado... depois do jogo, é sempre um prazer estar com uma pessoa que a nível de Portugal está entre os dois ou três melhores treinadores, sem dúvida nenhuma. É uma pessoa que aprecio muito, a forma como vive apaixonadamente o futebol é também como eu sou como treinador. Damo-nos bem. Hoje fomos adversários, eu queria ganhar e ele também».
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