Após um empate na estreia da fase de grupos da Liga Europa, nomeadamente na receção ao RB Salzburgo (1x1), o Vitória SC visita o Konyaspor num jogo muito importante para as aspirações dos vitorianos na prova europeia.
A equipa de Pedro Martins terá pela frente o adversário teoricamente mais fraco do grupo, uma equipa que terminou a última edição do campeonato turco na 9.ª posição e que assegurou o direito a participar na competição via conquista da Taça.
O Konyaspor perdeu algumas peças importantes do seu xadrez de 2016/17, casos de Riad Bajic (Udinese) e Jagos Vukovic (Olympiakos), mudando inclusive de treinador, e neste momento faz valer o seu jogo pela força do coletivo, apoiado por alguns rasgos individuais de jogadores como Fofana ou Musa Araz.
Mustafa Akcay dispõe as suas peças num 4x2x3x1, sem propriamente um avançado puro na frente, antes sim um jogador mais móvel e que surge com frequência em zonas mais recuadas para procurar jogo.
Os laterais - Nejc Skubic (direito) e Albayrak (esquerdo) - não têm medo de subir pelos corredores, sendo que Skubic tem revelado dotes de goleador, aparecendo muitas vezes na área contrária a tentar a finalização. O defesa é o melhor marcador da equipa com três golos.
Contudo, nem tudo é sólido na defesa do Konyaspor. Os centrais revelam algumas fragilidades e cometem erros posicionais que podem ser aproveitados pela equipa vimaranense.
Na baliza, o turco Serkan Kirintili é dono e senhor do lugar e destaca-se por ser um guarda-redes com bons reflexos e ágil a sair entre os postes. Demircan e Carlgren são as alternativas.
Na defesa, Skubic ocupa o flanco direito e surge com facilidade na área contrária. No eixo, Ali Turan e Moké são a dupla mais utilizada, algo insegura, sendo Filipovic a terceira escolha para a posição. No lado esquerdo, Albayrak vai alternando com Öztorun e são os dois fortes no cruzamento.
No miolo, Jens Jonsson e Mehdi Bourabia são dois médios mais posicionais e destacados para a destruição do jogo ofensivo contrário, dando espaço criativo ao jovem Musa Araz, muito móvel e que surge com facilidade na zona de finalização.
No ataque, Ali Sahiner e Moryké Fofana são dois virtuosos de fino recorte técnico, com uma capacidade interessante de romper do flanco para o corredor central. Deni Milosevic tem surgido na frente, destacando-se pelo seu remate fácil. Patrick Friday Eze é mais um homem de área e uma alternativa segura.
Mobilidade do ataque
Akcay não joga propriamente com um homem de área na frente. O treinador aposta mais num ataque móvel, em que as várias peças vai trocando entre si, com o objetivo de criar alguns desequilíbrios defensivos no ataque. São notórias as constantes triangulações entre Araz, Sahiner e Milosevic, sendo este o sinal mais da equipa do Konyaspor.
Crateras na defesa
A insegurança defensiva é o calcanhar de aquiles da equipa do Konyaspor. É comum ver a linha defensiva descompensada e mal posicionada, com Wilfried Moké e Ali Turan a proporcionarem alguns calafrios, deixando-se muitas vezes antecipar pelos movimentos de rutura dos atacantes contrários.