O Boavista de Jorge Simão: Garra, ambição e um futuro com o passado debaixo de olho

A 14 de setembro de 2017, Jorge Simão foi apresentado como novo técnico do Boavista para substituir Miguel Leal nos axadrezados, depois de uma época em que os adeptos boavisteiros ainda ficaram com o pensamento na Europa durante algumas jornadas.

O primeiro teste para Simão foi de fogo. A sua nova equipa tinha apenas uma vitória no campeonato e jogava logo contra a besta negra do seu treinador, o Benfica. O novo comandante axadrezado assumiu o desafio e conseguiu uma vitória surpreendente (2x1) que só não teve direito a maior destaque porque se começou a falar de imediato numa crise benfiquista ou no golo sofrido por Bruno Varela.

Jorge Simão soube dar mérito a Miguel Leal pela vitória, afinal de contas três dias dá para trabalhar muito pouco a nível tático, mas a nível psicológico já se notam diferenças numa equipa a jogar um pouco mais à imagem do seu treinador: com ambição e muita garra, algo que também está nos pergaminhos do clube.

Melhorias vão aparecendo aos poucos

Frente ao Vitória o Boavista começou a partida de uma forma apática, em especial no primeiro tempo, e com alguns erros defensivos. Algo que também faz parte do processo de aprendizagem, como o próprio técnico referiu, pelo que é normal que a equipa vá melhorando progressivamente.

O empate no Bonfim teve mérito do técnico que soube corrigir os erros, mexeu no que sentiu estar errado - Kuca saiu ainda na primeira meia hora - e conseguiu conquistar mais um ponto para os axadrezados que com Jorge Simão já somam mais do que com Miguel Leal nas cinco primeiras jornadas da Liga NOS.

O treinador que na época anterior brilhou no Desportivo de Chaves e desiludiu no Sporting de Braga, apresenta-se novamente com um discurso ambicioso e sorri quando lhe falam num Boavistão, enaltecendo o espírito do clube e relembrando que «muitos passaram por situações difíceis e não se reergueram».

Simão quer fazer parte desse mesmo processo de reerguer a Pantera e espera, dentro de poucos anos, ver «um Boavista forte a intrometer-se nos lugares cimeiros», como explicou em conferência de imprensa.