Chegou ao fim a má sequência de resultados do Benfica. Os encarnados dominaram por completo a partida com o Paços de Ferreira e conquistaram uma vitória por 2x0, que até poderia ter sido mais dilatada não fosse o desperdício benfiquista e as três bolas no poste da baliza da Mário Felgueiras numa partida em que Rui Vitória voltou a contar com Fejsa e colocou Júlio César no lugar de Bruno Varela.
O Benfica chegava a esta partida pressionado pelos recentes resultados que deixaram toda a gente a falar em crise, mas não foi isso que a equipa encarnada demonstrou na primeira parte do encontro com o Paços de Ferreira. A equipa de Rui Vitória teve um domínio completo dos primeiros 45 minutos e a vantagem de um golo com que foi para o intervalo foi escassa tal o volume ofensivo encarnado.
Os Castores apareceram no Estádio da Luz apostados em jogar com o mau momento da equipa contrária, o que foi notório logo no início com algumas pausas no ritmo de jogo de forma a enervar os benfiquistas e depois a tentar aproximar-se da baliza de Júlio César, algo que só aconteceu em uma ocasião.
A primeira grande oportunidade do encontro, e a primeira de três bolas nos ferros, surgiu logo no começo da partida quando Grimaldo atirou ao poste na sequência de um livre direto. Estava dado o aviso para o que viria a ser a primeira meia hora de jogo e, nem dez minutos depois, nova bola no ferro. Luisão isolou André Almeida no lado direito e o lateral cruzou rasteiro com o desvio de um defesa pacense a levar a bola ao poste da baliza de Mário Felgueiras.
Era um domínio avassalador do Benfica, que só aos vinte minutos foi materializado em golo quando Cervi, assistido por Zivkovic, rematou de primeira para o fundo das redes pacenses, logo após o único remate do Paços à baliza de Júlio César.
Até à ida para os balneários surgiriam mais ocasiões de perigo, novamente para as águias. Pizzi culminou uma bela jogada entre Grimaldo e Cervi com um remate ao lado e mais tarde foi a vez de Seferovic efetuar um cruzamento-remate à trave. Chegada a meia hora de jogo o Benfica foi baixando o ritmo, ainda assim foi para o intervalo com 71% de posse de bola, o que demonstra aquilo que foram os primeiros quarenta e cinco minutos.
Os encarnados vinham de três partidas em que começaram a vencer, acabaram por sofrer e não conseguiram a vitória e por isso estavam avisados para aquilo que podia acontecer e, desta vez, não houve lugar a surpresas.
O Benfica continuava no ataque e voltaria a criar várias oportunidades. Jonas desperdiçou a primeira ao permitir a defesa de Mário Felgueiras com os pés, mas não falhou quando um pontapé de canto de Pizzi lhe caiu mesmo aos pés e só teve de encostar.
Depois do segundo golo o Benfica foi adormecendo a partida, já mais a pensar no encontro para a Liga dos Campeões frente ao Basileia, e o Paços acabou por conseguir ter bola, mas continuou sem criar qualquer perigo para a baliza encarnada e foi mesmo o Benfica a estar perto do golo num lance em que Jiménez permite a defesa de Mário Felgueiras e Diogo Gonçalves viu um defesa pacense evitar, em cima da linha, a sua estreia a marcar pelos encarnados.
As águias conquistam três pontos muito importantes, não apenas porque permitem que a má sequência de resultados chegue ao fim, mas também porque é uma jornada que antecede o clássico entre Sporting e FC Porto, e os leões já perderam pontos.