Entrada de leão ainda deu para tremer

Melhor maneira de começar a fase de grupos da Liga dos Campeões era difícil. O Sporting deslocou-se à Grécia para bater o Olympiacos por 2x3 graças a uma primeira parte avassaladora e que poderia ter terminado com números ainda mais elevados, não fosse o desperdício da equipa portuguesa. Jorge Jesus surpreendeu (ou não) e lançou Doumbia para o lugar de Bas Dost. A aposta do treinador leonino revelou-se mais do que acertada com o avançado a marcar, a assistir, e a criar ainda mais oportunidades para os seus colegas. O resultado até peca por escasso tais foram as facilidades sentidas pelos leões que acabaram a sofrer graças a uma entrada a toda a força de Pardo que acabou por fazer os dois golos da equipa grega já no final da partida.

Entrada de leão podia ter tido outros números

Nem os adeptos mais otimistas esperariam uma primeira parte deste nível. O Sporting entrou na fase de grupos da prova milionária a toda a força e logo nos primeiros quarenta e cinco minutos fez três golos e podia ter feito muitos mais, não fosse o desperdício leonino e os postes da baliza grega.

A partida começou praticamente com o golo dos leões. Doumbia substituiu Bas Dost e marcou um golo à holandês. Acuña bateu um livre lateral para o coração da área da equipa grega e o costa marfinense apareceu completamente sozinho para cabecear para o primeiro dos leões. Atordoados, os gregos não tiveram muito tempo para respirar e logo aos treze minutos já tinham encaixado o segundo num lance de ataque...do Olympiacos. Depois de um pontapé de canto a favor dos gregos, a bola sobrou para Bruno Fernandes que encontrou Doumbia. O avançado viu Gelson Martins solto, colocou-lhe a bola à frente e o internacional português correu meio campo completamente sozinho até chegar à área grega e rematar por baixo das pernas de Kapino.

Com a lição bem estudada o Sporting ia deixando o Olympiacos subir no terreno para depois apanhar a equipa grega descompensada e antes da meia hora poderia ter marcado por mais duas ocasiões. Primeiro foi Bruno Fernandes a acertar no poste e depois foi Coates a recuperar a bola à entrada do meio campo dos leões e a correr por ali fora até falhar na cara de Kapino.

A partida acalmou e o Sporting foi recuando em demasia. Com esse recuou o Olympiacos pareceu acreditar que poderia reduzir... e surgiu o terceiro. Gelson já tinha ameaçado com uma bola na trave da baliza grega e depois Coates, qual médio centro, isolou por completo Bruno Fernandes. O médio português, com toda a calma e classe, colocou a bola por cima de Kapino e praticamente sentenciou a partida. 

Estava assim encerrada uma primeira parte com três golos leoninos, duas bolas nos postes e mais um par de ocasiões. Agora era deixar correr o jogo e procurar oportunidades para alargar ainda mais a vantagem.

Sono, desconcentração... e o leão a tremer

Com a vantagem construída no primeiro tempo, o Sporting só tinha de controlar a partida e repousar, até porque o mês de Setembro está repleto de jogos. Ainda assim, os leões foram deixando o jogo adormecer em demasia e acabaram por dar oportunidades à equipa grega.

À chegada da hora de jogo, primeira grande ocasião para o Olympiacos. Coates, que já tinha feito a diferença no ataque, voltou a destacar-se ao evitar que a bola que sobrevoou Patrício entrasse na baliza leonina. O Sporting pareceu, por momentos, desconcentrar-se em demasia e Rui Patrício foi o espelho disso mesmo ao entregar, de pé esquerdo, a bola a Emenike. Erro que Mathieu prontamente corrigiu.

Depois desses cinco minutos de desconcentração a partida foi decorrendo com mais normalidade... até perto do minuto 90. Pardo, que tinha entrado no segundo tempo, reduziu por duas vezes e ainda deixou os leões a tremer. Jonathan Silva ficou duas vezes mal na fotografia ao deixar ultrapassar o jogador que passou pelo Sporting de Braga.

Ainda assim, depois de uma primeira parte de domínio avassalador e de um segundo tempo de gestão (muito mal feita), os leões levam para Portugal três pontos importantíssimos. Não apenas por significarem uma entrada vitoriosa no Grupo D, mas também porque podem permitir uma posição de domínio dos leões no que toca à luta pela continuidade nas competições europeias.