Já só faltam duas finais...mas esta foi das difíceis

Era a final antes da final e Portugal cumpriu. Sem uma nota muito alta, mas cumpriu o que tinha de cumprir. A seleção de Fernando Santos não brilhou, mas aproveitou um adversário mais preocupado em jogar agressivo, do que em ganhar o jogo. Um golo solitário de André Silva chegou para trazer os três pontos da Hungria. Portugal só depende de si para entrar pela porta grande na Rússia, mas convém dizer que o playoff já está garantido.

Com várias alterações em relação ao jogo com as Ilhas Faroé, Fernando Santos teve o condão de acertar em Danilo Pereira. O médio do FC Porto jogou no lugar de William Carvalho e acabou por passar por ele a capacidade de controlo total do meio-campo por parte da seleção lusa. A equipa conseguiu fazer um jogo à sua imagem, com posse e combinações, mas faltou a objetividade.

Agressividade foi intimidando

©Global Imagens / Jorge Amaral

Demorou cerca de 15 minutos a má entrada da Hungria, mas depois entrou em jogo a agressividade. Sem grande qualidade técnica, era com base no passe longo que a equipa orientada por Bernd Storck tentava incomodar Portugal. Foi num lance desses que surgiu o momento da primeira parte.

Num pontapé para a frente vindo de um defesa central, o avançado Tamás Priskin agrediu Pepe com uma cotovelada e acabou expulso. Se a Hungria não tinha criado qualquer lance de perigo até ao momento, as coisas não melhoraram a jogar com 10. 

Foi nessa altura que entrou em campo a agressividade excessiva da seleção da Hungria. Portugal pareceu incomodado com essa atitude e mesmo contra 10 não voltou a criar oportunidades na primeira parte. Portugal estava por cima pressionava e até teve oportunidades, mas depois da expulsão as coisas não correram bem de forma estranha.

Golo tirou o medo

©Catarina Morais / Kapta +

Foi nessa altura que Fernando Santos colocou em campo Bernardo Silva, alguém capaz de segurar bola com critério, sem a entregar ao adversário.  Portugal teve depois a capacidade de segurar o jogo com bola e praticamente não deixou a Hungria criar oportunidades. Faltou apenas o golo da tranquilidade, mas houve experiência e capacidade de ter sempre o jogo bem longe da sua área.

Fernando Santos tinha prometido vitórias nos últimos quatro jogos da Fase de Apuramento para o Campeonato do Mundo e para já cumpriu. A seguir vem o jogo em Andorra e para finalizar aquela que pode ser a final contra a Suíça. Vamos ver se a promessa do engenheiro é mesmo cumprida. A última que o selecionador tinha feito correu bem.