Depois de muito sofrimento, eis a bonança. O Sporting de Braga está na fase de grupos da Liga Europa, depois de uma vitória por três bolas a duas diante dos islandeses do FH. A equipa de Abel Ferreira voltou a cometer alguns erros defensivos, mas a perseverança, qualidade e classe de Paulinho fez o resto. Dois golos do antigo avançado do Gil Vicente acabaram por fazer a diferença, num mar que esteve longe de ser calmo. Segue-se o FC Porto.
O início de jogo trouxe-nos um ritmo baixo. Demasiado baixo, se tivermos em conta a importância da própria partida. Os islandeses, à procura da reviravolta, procuraram investir no processo ofensivo, mas a defensiva do Braga, com maior ou menor dificuldade, ia anulando as investidas. Só que esta equipa de Abel está para os sustos... Jogada de insistência do ataque do FH, cruzamento tenso e golo. O Braga em desvantagem. Mais uma vez...
Com o golo sofrido, a equipa de Abel Ferreira partiu para cima do adversário, mais comedido desde que marcou o golo. As movimentações de Ricardo Horta, Paulinho e Xadas confundiam a defesa islandesa, mas faltava sempre qualquer coisa: um último passe, um último remate, uma melhor definição. Quando a qualidade aparecia, o último reduto do FH conseguia sempre resolver.
Defensivamente, as coisas não corriam bem - os arsenalistas eram inseguros nos lances pelo ar -, mas no ataque, aproeitando os espaços nas costas da defesa adversária, o Braga era ameaçador e, ainda antes do intervalo, chegou ao empate. Passe de Stoiljkovic e Paulinho, como mandam as regras, a igualar a partida. Intervalo.
A segunda parte começou praticamente com o golo do FH. Os islandeses aproveitaram (mais uma vez) as bolas paradas e os erros defensivos da equipa bracarense, e a vantagem, diga-se, premiava a capacidade de trabalho de uma equipa forte no jogo aéreo. Eliminatória empatada.
A ansiedade começou a apoderar-se das bancadas e a equipa arsenalista, apesar de um outro lance de perigo, sentia o peso do momento. Os lances eram criados, mas a definição passava sempre ao lado, pese o inconformismo de Stoiljkovic e Paulinho, principalmente estes. O tempo ia passando e não havia maneira do golo chegar...
Mas ele chegou! Depois de uma jogada de entendimento entre Xadas e Esgaio - o flanco direito do Braga começa a revelar entendimento -, Paulinho, depois de um cabeceamento de Dyego Sousa (em estreia), voltou a restabelecer a igualdade. Ufa!, gritavam os 10 mil presentes na Pedreira.
Ainda antes de final, e para gáudio dos bracarenses presentes no AXA, os arsenalistas lá chegaram ao golo da tranquilidade. Tal como aconteceu com o AIK, o guardião adversário voltou a facilitar e Dyego Sousa, oportuno, carimbou a passagem do Braga. No final, os adeptos bracarenses parabenizaram a sua equipa e o adversário. Deveria ser sempre assim...