O Marítimo está fora da Liga Europa. Após o nulo da primeira-mão, o Dinamo Kiev conseguiu bater a equipa portuguesa (3x1), com a eliminatória a ficar resolvida na primeira parte, depois de dois golos ucranianos a aproveitar da melhor maneira os erros dos maritimistas que, apesar da entrada positiva, nunca ameaçaram verdeiramente a baliza do Dinamo de Kiev. Termina assim a aventura europeia para a equipa de Daniel Ramos.
Depois de ter conseguido um empate na primeira-mão, na Madeira, o Marítimo deslocou-se a Kiev com o intuito de adiar o máximo possível o golo do Dinamo e conseguir surpreender através de uma transição rápida ou de um lance de bola parada, só que dois erros viriam a deitar tudo a perder para a equipa de Daniel Ramos.
O Marítimo até entrou bem na partida, conseguindo aproximar-se da área de Koval e ganhando alguns cantos, mas não ia criando grande perigo. O Kiev enfrentava um meio-campo sólido - Gamboa, Erden Sen e principalmente Éber Bessa iam ganhando as divididas -, mas seria um erro defensivo a permitir que os ucranianos se adiantassem no marcador.
A defensiva dos madeirenses até se estava a apresentar sólida, mas Zainadine deitou tudo a perder. O defesa moçambicano errou o cabeceamento e isolou Garmash, que não falhou na cara de Charles. Os jogadores maritimistas ainda ficaram a pedir fora de jogo - e o auxiliar levantou a bandeirola - mas o lance foi legal e a equipa portuguesa acusou o golpe e viria a sofrer o segundo logo a seguir.
Depois de uma falta de Erden Sen, Morozyuk, de livre, bateu Charles e deitou ainda mais abaixo as esperanças dos madeirenses. O guardião brasileiro deu um passo em falso e não foi a tempo de evitar o segundo golo dos ucranianos.
O Marítimo precisava de dois golos, e de não sofrer, para se qualificar, mas notava-se falta de desequilíbrio ofensivo na equipa portuguesa.
A procurar relançar a eliminatória, Daniel Ramos promoveu duas alterações após o intervalo. Ibson e Cleber entraram para os lugares de Eber Bessa e Gildo mas acabou por ser o Dinamo a fazer o terceiro. Derlis González, ex-Benfica, de cabeça, fez o golo para os ucranianos, após um cruzamento bem medido de Yarmolenko.
Desta vez o Marítimo reagiu bem e, já depois de Everton ter atirado à barra, Erden Sen reduziu, após lance de bola parada, fornecendo réstias de esperança para os madeirenses, que Everton pouco depois podia ter aumentado, caso não falhasse após passe atrasado de Ibson.
A equipa de Daniel Ramos - que tem utilizado quase sempre os mesmos jogadores - foi claramente abaixo fisicamente (Luís Martins jogou dez minutos lesionado) e aí o Dinamo foi dominando a seu bel-prazer.
Fica de fora a equipa portuguesa, prevalecendo assim a lei do mais forte com a passagem do Dinamo Kiev para a fase de grupos da Liga Europa. Nota positiva para a alma da equipa de Daniel Ramos.
Alma madeirense
O Marítimo enfrentou esta eliminatória sabendo que era inferior a este Dinamo Kiev, mas nem quando a equipa se encontrava a perder os maritimistas baixaram os braços. Em dificuldades físicas, os jogadores de Daniel Ramos deram tudo por outro resultado.
Erros maritimistas
Neste tipo de competições os erros pagam-se caros, e o Dinamo demonstrou exatamente isso. A equipa madeirense nem estava mal na partida, mas o erro de Zainadine acabou por facilitar a tarefa à equipa ucraniana. No segundo golo, Charles também poderia fazer melhor.