O Belenenses recebeu, e venceu, o Marítimo no seu estádio (1x0), numa partida em que Domingos Paciência fez quatro alterações e apostou novamente nos três centrais. O técnico do clube do Restelo acabou por ter sucesso nas suas escolhas uma vez que Nuno Tomás (um dos três jogadores do eixo defensivo do Belém) fez o golo da vitória num jogo em que o Belenenses fez por merecer os três pontos e onde a equipa de Daniel Ramos demonstrou algumas lacunas a nível ofensivo (e defensivo) antes da partida decisiva para a Liga Europa, frente ao Dinamo Kiev.
Se Daniel Ramos não fez alterações na sua equipa - cinco dias antes de receber o Dinamo de Kiev para a Liga Europa - Domingos Paciência promoveu quatro mudanças no onze inicial e manteve a tática de três centrais utilizada na jornada anterior. Yebda e Chaby renderam André Sousa e Person no meio campo dos azuis e Roni e Maurides formaram dupla atacante num Belém que começou melhor e que criou mais oportunidades de golo do que os maritimistas, que apenas criaram perigo através de bolas paradas.
Maurides deu o aviso para o que viria a ser a primeira parte, ao criar o primeiro lance de perigo num livre ao qual Charles se opôs bem. Os alas do Belenenses - Diogo Viana e Florent - iam funciando às mil maravilhas, com destaque para o português que teve uma disputa interessante com Luís Martins no corredor direito. Chaby era o vagabundo no meio campo dos azuis, promovendo a ligação entre os setores mais avançados e criando também ele várias situações de perigo, perfilando-se como o grande destaque da primeira parte. Aos 25 minutos (que remate) e aos 27 quase inaugurou o marcador.
O Belenenses ameaçava e o Marítimo limitava-se a assistir, um pouco confuso pela mobilidade do ataque dos Azuis do Restelo. Luís Martins (de livre, pois claro) ainda obrigou Muriel a boa defesa, mas foi a equipa da casa novamente a aproximar-se do golo. Maurides trabalhou o lance dentro da área e a bola sobrou para Diogo Viana que apareceu solto e rematou para excelente defesa de Charles.
O primeiro golo esteve perto, mas acabou por não aparecer e o árbitro da partida, João Pinheiro, apitou para o final de uma primeira parte com sinal mais para o Belenenses, onde Chaby e Diogo Viana foram destaque. Daniel Ramos não ia para o balneário satisfeito.
«Goooolo do Belenenses!» Foi praticamente desta forma que a segunda parte começou. Os azuis não tinham conseguido chegar ao golo de bola corrida e acabaram por conseguir inaugurar o marcador de bola parada, curiosamente a forma como o Marítimo criou perigo na primeira parte. Chaby encarregou-se de bater um livre do lado direito do ataque do Belém e Nuno Tomás, de cabeça, estreou-se a marcar pela formação dos azuis, ele que na última época tinha estado cedido ao Real SC.
Os dois treinadores reagiram ao golo logo a abrir o segundo tempo. Domingos colocou André Sousa para ganhar músculo no meio campo, já Daniel Ramos fez entrar Piqueti e Everton. E o Marítimo foi aparecendo mais próximo da baliza de Muriel. Piqueti, a vinte minutos do final, apareceu na cara de Muriel mas adiantou em demasia, permitindo a intervenção ao guarda-redes brasileiro.
Com o golo a não aparecer - Maurides quase aumentou a vantagem ao rematar rente ao poste de Charles - Daniel Ramos voltou a mexer, mas Rodrigo Pinho continuou muito sozinho. Era evidente a falta de criatividade neste Marítimo, e a defesa também não estava a ajudar os madeirenses, que quase fizeram auto-golo a dez minutos do final.
Não apareceram mais golos e o Belenenses somou os seus primeiros pontos no campeonato, neste que estava a ser um início de época complicado para os comandados de Domingos Paciência. Quanto ao Marítimo não conseguiu evitar a derrota e revelou problemas de criação ofensiva, a cinco dias de receber o Dinamo de Kiev para a Liga Europa.
Diogo Viana foi o escolhido para fazer a ala direita dos azuis e correspondeu. Combinou bem com Chaby, criou dores de cabeça a Luís Martins, e ainda apareceu em boa posição para finalizar. Exibição muito positiva.