Um nulo (e uma segunda parte) que dá esperança

O Marítimo iniciou a sua aventura europeia com uma igualdade a zero. A equipa de Daniel Ramos enfrentou dificuldades - o coletivo búlgaro mostrou-se objetivo e perigoso nas transições -, mas a segunda parte consistente deixa mais esperança para a segunda mão. Na Madeira, com o seu público, a equipa portuguesa terá de ter mais qualidade jogo e eficácia, pois as oportunidades até surgiram neste primeiro jogo. 

Agressividade e pouco futebol

Depois de um início de jogo em que as entradas ríspidas a meio-campo marcaram a abordagem das duas equipas, o Polvdiv tratou de aproveitar o fator casa para ganhar preponderância no jogo. 

A equipa búlgara dominou a contenda, com o Marítimo a assumir uma postura de expectativa. A equipa de Daniel Ramos procurava explorar a velocidade de Ricardo Valente e Piqueti, mas os ataques maritimistas tinham pouca continuidade - uma finalização de Rodrigo Pinho marcou a única abordagem perigosa dos portugueses. 

Do outro lado, estava uma equipa muito rápida, objetiva e... durinha. Os búlgaros mostraram-se sempre um osso duro de roer, particularmente no aspeto físico. A equipa de Daniel Ramos, apesar da pouca qualidade de jogo no primeiro tempo, respondeu à agressividade com...agressividade, e o jogo assentava mais na batalha (dura) do meio-campo, do que propriamente na maior ou menor inspiração tática. 

As oportunidades não foram muitas e o jogo caminhou lentamente para o intervalo, não sem antes aparecer...uma gaivota, que acabou por ter o condão de animar um jogo quase sempre monótono. 

Mais ataques...mas não chegou

O segundo tempo trouxe-nos um Marítimo mais proativo. Os madeirenses tiveram sempre mais perto da baliza adversária e não deixaram o adversário criar perigo nos ataques rápidos. As ações de Éber Bessa, principalmente este, e de Erdem Sen ainda deram a entender que a vitória seria possível, mas o guardião búlgaro mostrou inspiração. Do outro lado, o Plovdiv mostrou outras dificuldades para chegar à baliza maritimista e as oportunidades para a equipa búlgara esgotaram-se em lances de bola parada. 

As dificuldades existiram, mas a segunda parte consistente deixa boas indicações para a equipa de Daniel Ramos. A passagem está à distância de uma vitória.