O Braga evitou surpresas e conseguiu um empate interessante na Suécia, frente a um AIK com maior ritmo competitivo, mas menor qualidade individual. Há ainda muito para melhorar, Abel viu a equipa apanhar alguns sustos, mas o essencial (resultado) foi positivo.
... Mas a falha que deu em penálti deixou tudo novamente mais equilibrado. Falamos do minuto 18. É que, até aí, a sensação que dava, suportada no golo de Raul Silva e na postura em campo, era que o Braga trataria facilmente do assunto.
A maior experiência bracarense foi traída pela abordagem de Pedro Santos e a igualdade obrigava a novas atenções. Os suecos foram tendo mais bola, o Braga respondeu com dois bons lances de Danilo, ainda que o maior pendor ofensivo tenha sido da equipa da casa, aproveitando os vários momentos em que os portugueses partiram inexplicavelmente a equipa em duas linhas (ficando expostos aos lances de ataque rápido).
Ainda assim, o maior handicap da equipa bracarense foi a (in)capacidade de lidar com os extremos suecos, desobrigados a defender e libertos para atacar em constantes movimentos para a área. Uma característica que prendeu muito Esgaio e Jefferson e que, por arrasto, limitou o jogo exterior dos minhotos.
Fábio Martins foi saindo da esquerda com maior tendência na segunda parte e isso deu outra capacidade à equipa, que voltou a entrar melhor que o adversário, ainda que sem marcar numa fase imediata, desta vez.
De uma forma ilógica, seria o Braga a equipa mais capaz na segunda parte, perante um AIK muito mais resguardado no aspeto físico, controlando a olho as ocorrências de um jogo que ia tendo os minhotos mais subidos no seu 4x4x2 clássico.
Um cenário que aconteceu durante meia hora e que tirou emotividade ao jogo. Ao invés, o cautelismo foi crescendo dos dois lados. O que se percebe, sobretudo do lado minhoto. Apesar de o favoritismo poder sugerir a procura da vitória, o 1x1 era um resultado interessante para dentro de oito dias a formação de Abel Ferreira conseguir o apuramento para o playoff.