Tem 20 anos, foi o capitão mais novo da história do FC Porto na Liga dos Campeões e saiu neste defeso por 18 milhões de euros para o Wolverhampton. Falamos, claro está, de Rúben Neves, antigo médio dos portistas que esta quarta-feira concedeu uma entrevista ao jornal OJogo, onde fala da sua saída, do seu novo desafio, do eventual regresso e do que espera do novo FC Porto.
Com pouco espaço na equipa titular do FC Porto (muito por "culpa" de Danilo Pereira, jogador que Rúben Neves admite ter sido o melhor trinco da Liga na última época), Rúben Neves decidiu sair do FC Porto para continuar a evoluir apesar de lhe ter custado a saída.
«Ainda sou muito jovem e sei que tenho de continuar a evoluir como jogador. Estando no FC Porto a jogar muito pouco há quase dois anos, achei que precisava de jogar para evoluir mais e aceitei o Wolves de olhos fechados. [...] Não foi uma decisão fácil, gosto do clube mas sou profissional e tenho de evoluir. Amo o FC Porto mas tinha de evoluir para poder atingir os objetivos na minha carreira. Estava parado, precisava de um projeto novo que me colocasse na forma que tive no meu primeiro ano na equipa principal. Sei que ficou por dar muito ao clube, mas no futuro haverão mais oportunidades e as pessoas verão tudo o que consigo dar», admitiu Rúben Neves, que falou da influência de Nuno neste novo passo da sua carreira.
«Sim, falei com ele [Nuno Espírito Santo] antes de aceitar vir, até porque já o conhecia da época passada. Não foi a minha melhor no FC Porto, gostei deste projeto e das palavras do mister, senti que esta era uma excelente oportunidade para evoluir enquanto jogador», acrescentou.
Sobre um eventual regresso ao Dragão no futuro, Rúben Neves admite que esse é um dos objetivos da sua carreira.
«Quero atingir os objetivos que traço e falta-me ser campeão pelo FC Porto, por isso certamente voltarei para o conseguir. Esse é um dos meus objetivos de carreira», referiu, antes de traçar um perfil ao novo FC Porto e ao novo técnico, Sérgio Conceição.
«Tenho certeza que vão melhorar e estou a gostar do que vejo. A equipa parece boa, bem organizada e o mister também aparenta ter bom pulso. Há tudo para ganhar o próximo campeonato. É um treinador com garra, com paixão, como os portistas gostam e, por isso, pode levar o clube longe», concluiu.