Ainda há trabalho a fazer, mas já há um novo matador

Depois da goleada sofrida na última partida a equipa de Rui Vitória jogou esta quinta-feira um particular importante frente ao Bétis no Algarve. Era preciso apagar essa imagem e isso aconteceu. O Benfica venceu o primeiro troféu do ano com a conquista da Algarve Football Cup 2017.

Não foi deslumbrante. O adversário não esteve a grande nível no ataque, mas a evolução está à vista. Equipa coesa, com Jonas em forma e com um novo matador. Seferovic teve duas oportunidades marcou dois golos e complica a vida a Mitroglou no ataque encarnado. Defensivamente as coisas correrem bem, apesar de alguns momentos onde se notou que faltam ali jogadores de grande nível.

Falta de criatividade disfarçada com verticalidade

©Bruno de Carvalho / Kapta+

Não que a equipa encarnada estivesse a jogar mal, mas não era deslumbrante e notava-se a dificuldade que era construir com perigo. Ainda assim, e num momento de magia, apareceu o golo. O Bétis errou numa saída de bola, Jonas abriu em Seferovic que de primeira e com um chapéu sublime abriu o marcador. Vamos ter tempo para falar do avançado internacional pela Suíça na análise aos reforços, mas podemos já adiantar que este é mesmo reforço de qualidade.

O Benfica estava coeso e não tinha grandes problemas em lidar com o futebol do Bétis. Os espanhóis pressionavam e iam trocando a bola na defesa. Exploravam os flancos, mas tinham pouca presença no ataque. Foi por isso uma surpresa quando surgiu o golo do empate. Uma boa jogada pela direita, mas alguma passividade na área encarnada. Joaquín teve muito espaço para servir Leon.  

Seguros, com arte e um matador

©Bruno de Carvalho / Kapta+

Uma jogada de entendimento e de futebol rápido do Benfica terminou com Rafa a isolar Seferovic. O avançado foi frio no lance e fez o segundo golo naquele que foi o melhor lance do jogo e quase o último lance interessante. 

Depois o jogo entrou na toada normal de substituições atrás de substituições e pouco mais se viu. Percebeu-se que Fejsa continua um verdadeiro monstro na equipa encarnada, mas também se viu que falta criatividade e processos de ataque continuado no Benfica. Por outro lado, a defesa, que viu tanta gente importante sair, deu notas de estar calibrada ainda que este Bétis tenha dado uma imagem pobre no ataque. Os espanhóis ainda atiraram uma bola ao poste numa jogada individual, mas pouco mais.

Nos minutos finais, especialmente depois da saída de Fejsa, o Benfica teve mais problemas, mas a imagem recente está apagada e a evolução está bem presente na equipa de Rui Vitória.