O treinador portista fez o balanço do segundo jogo dos portistas no México e enalteceu a resposta que tem sido dada pelos jogadores e que o deixam satisfeito.
«Foi mais um jogo de preparação, com coisas muito interessantes, muito positivas. Também houve coisas menos boas, posso falar da dificuldade dos jogadores em adaptar-se a este clima. Foi um jogo frente a uma equipa já com mais tempo de preparação, mas fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais. Depois aconteceu o que é típico aqui no México, segundo o Matías [treinador do Chivas], um árbitro que validou um golo que é ridículo. A partir do momento em que pede para formar a barreira tem de esperar pelo apito, não é preciso ser-se entendido em arbitragem. Com as muitas substituições o jogo quebrou em intensidade, após a boa dinâmica que tivemos durante 70 minutos, mas isso faz parte do processo de evolução da equipa. Estou muito contente com os jogadores, vamos estar prontos dia 9 [de agosto] para jogar contra o Estoril e aí, sem dúvida, toda a gente vai estar num patamar, a nível físico, muito mais forte. Mas o que vi foi uma equipa que dá sinais muito positivos», analisou, em palavras retiradas do site dos portistas.
Ainda sem um desenho tático completamente estabelecido, o técnico dos dragões explicou que isso também é relativo: «O 4-4-2, o 3-5-2, o 4-2-3-1 assentam sempre numa dinâmica que tem de se criar na equipa, em todos os momentos do jogo: na construção, na forma organizada como se defende e sabendo o que fazer com e sem bola, e isso requer tempo de trabalho. Penso que já tivemos hoje, em alguns momentos, coisas parecidas com aquelas que vou querer quando entrarmos em competição. Por isso volto a dizer que estou muito contente, porque todas as diferenças em relação ao nosso país, nesta fase inicial de preparação, criam-nos sempre muitas dificuldades».
Com o 2x2 no final dos 90 minutos, haveria lugar à marcação de grandes penalidades, algo que acabou por não acontecer de forma surpreendente. A explicação do técnico teve a ver com o árbitro do encontro.
«Falava com o Matías, com quem joguei durante muito tempo em Itália, passámos por três clubes juntos e somos amigos há 20 anos. Comentei com ele, e estava o árbitro por perto, que o lance do primeiro golo do Chivas não podia acontecer, era ridículo. O árbitro pensou que eu estava a dizer que ele era ridículo e disse que eu não podia assistir aos penáltis; o Matías, como meu amigo, disse que não batia os penáltis se eu não pudesse assistir. Foi tão simples como isso, não foi nada de especial, a nossa conversa com o árbitro foi tranquila, normal. O Matías contou-me um bocado do que se passa aqui e é mais ou menos dentro deste género, mas isso é secundário e o mais importante foi o que se fez dentro das quatro linhas», argumentou.
2-2 | ||
José Macías 57' Carlos Fierro 84' | Vincent Aboubakar 2' Otávio 38' |