Um trio a dar cartas e outros com tanto por fazer

Depois de já se terem mostrado em grande parte frente ao Cruz Azul, os reforços de Sérgio Conceição - na verdade, a maioria são regressados de empréstimos - continuaram a tentar convencer o treinador diante do Chivas. Os resultados foram díspares, com Aboubakar, Ricardo Pereira e Sérgio Oliveira a serem elementos em destaque pela positiva entre as caras novas.

Aboubakar, titular ao lado de Soares, causou impacto logo aos dois minutos, mostrando que tem potencial para fazer com o brasileiro uma dupla com qualidade. O camaronês abriu o marcador cedo e ainda atirou uma bola ao ferro. Sinal mais para um jogador que, caso se afirme, poupará uma boa quantia aos dragões neste defeso.

Ricardo Pereira voltou a ser titular no lado direito da defesa e mostrou claramente os seus argumentos para ganhar a corrida a Maxi na posição. O português protagonizou constantes subidas no terreno, sem descurar demasiado a defesa (verdade seja dita, nessa altura o Chivas pouco ameaçava os corredores).

Também titular foi Hernâni, que voltou a desiludir. Sem capacidade para desequilibrar, acabou por ser substituído ainda no primeiro tempo, sem ter conseguido deixar a sua marca, tal como no jogo anterior.

O segundo tempo trouxe outras caras, desde logo com as entradas de Martins Indi, Sérgio Oliveira e Galeno, entre outros jogadores já presentes no plantel da última época. 

O central holandês voltou a demonstrar pouca concentração na defesa, ao passo que o médio português continua a fazer de tudo para segurar um lugar no plantel. Foi o elemento mais ativo e inconformado num segundo tempo muito fraco da equipa. Já o brasileiro Galeno esteve em plano negativo, somando várias decisões erradas que nem sempre podem ser justificadas pelo apoio pouco conseguido de Brahimi e Corona.

Rafa Soares e Mikel Agu entraram um pouco mais tarde e fizeram exibições razoáveis, com o lateral a mostrar a propensão ofensiva e o médio defensivo a impôr a sua agressividade (por vezes até exagerada).

Uma nota de destaque foi a estreia de Vaná Alves na baliza azul-e-branca, que no mesmo jogo já havia sido ocupada pelos outros guarda-redes do plantel, Casillas e José Sá. O brasileiro, que entrou aos 81’, não conseguiu travar o remate de Fierro - fez-se bem à bola, mas era difícil - e o tempo de jogo reduzido não foi ainda suficiente para mostrar qual poderá ser o seu papel nesta época.