Bons pormenores, algum cansaço. Notas principais deste ensaio de Conceição no México. O treinador do FC Porto teve a oportunidade de colocar à prova praticamente todos os jogadores que levou para esta digressão e ficou certamente satisfeito com algumas dinâmicas apresentadas da equipa. Nem tudo está no ponto, é certo, mas nada que Conceição não resolva até ao arranque do Campeonato.
O FC Porto de Sérgio Conceição deu-se a conhecer ao mundo, esta madrugada, com o primeiro particular inserido na digressão mexicana. Os dragões defrontaram o Cruz Azul, equipa que se encontra numa fase muito mais adiantada da pré-temporada, e desde logo era importante perceber como é que os azuis e brancos se iriam adaptar ao ritmo do adversário.
Os primeiros 20 minutos foram entregues ao Cruz Azul, valendo Iker Casillas a negar as intenções dos mexicanos, com particular destaque para o voo ao minuto 18, a negar o golo que parecia certo de Julián Velázquez.
A resposta dos dragões não tardou e, a partir do momento em que assumiram as rédeas do jogo, tiveram um bom número de oportunidades flagrantes, embora sem nunca conseguir que elas fossem traduzidas em golo. Lá está, o tal cansaço que impediu melhor discernimento em determinados momentos.
A melhor oportunidade do FC Porto aconteceu apenas ao minuto 38, no lance mais vistoso do primeiro tempo, quando Óliver combinou na perfeição com Soares e o avançado, de calcanhar, deixou o internacional sub-21 espanhol na cara do golo. Contudo, Óliver não conseguiu finalizar na cara de Peláez.
Conceição trouxe um fato praticamente novo para a segunda metade, mantendo apenas Telles, Otávio, Felipe e Óliver Torres no xadrez.
Boa dinâmica, boa construção, boa criação... má finalização. Ou seja, o FC Porto conseguiu criar e, sobretudo, desequilibrar, com bons desenhos ofensivos, mas não conseguiu concretizar, algo que Conceição terá de rever nos próximos dias.
De registar ainda a fantástica defesa de José Sá, ao minuto 90, a possibilitar a discussão do jogo nas grandes penalidades, onde os azuis e brancos acabaram por pecar... na finalização.
Em suma, bom jogo da equipa de Sérgio Conceição, pese o cansaço evidente, com muito ainda para melhorar, é certo, mas com ideias claras daquilo que o treinador pretende do Dragão versão 2017/18.