Portugal enfrenta a Nova Zelândia, naquele que é o último jogo da Fase de Grupos da Taça das Confederações. A qualificação para as meias-finais está praticamente assegurada, mas não há lugar para facilitismos na seleção portuguesa: o jogo é para ganhar, até porque há uma luta (importante) pelo primeiro lugar.
Com mais ou menos dificuldades na posição de lateral esquerdo – Guerreiro não joga mais e Eliseu está em dúvida -, Portugal é favorito e tem de dar continuidade às melhorias evidenciadas no jogo passado. Em relação à vitória final, a palavra favorito continua a ser tabu para Fernando Santos, ainda que o técnico tenha dito que é fazer um «passinho de cada vez». Resta saber se esses passinhos nos leverão a mais uma final.
Não foi apenas o resultado. A estreia de Portugal, diante do México, que resultou num empate a duas bolas, mostrou problemas evidentes na qualidade de jogo portuguesa, problemas que Fernando Santos identificou, logo após o final do jogo.
Na segunda partida, enfrentando o anfitrião da prova, o selecionador mudou quatro unidades e notaram-se melhorias no processo coletivo da equipa das Quinas. Bruno Alves deu mais segurança ao setor recuado, Adrien mostrou-se mais disponível em termos físicos e, por fim, a sociedade dos «Silvas». Bernardo deu outra criatividade e imaginação ao futebol de Portugal, enquanto André Silva provou ser o melhor parceiro que Cristiano Ronaldo pode ter, se tivermos em conta o panorama atual do futebol luso.
A seleção da Nova Zelândia representa um pouco daquilo que são as limitações do próprio país em relação ao futebol. Neste país, é a seleção de râguebi que continua a apaixonar.
No campo, os All Whites – recorde-se que a seleção de râguebi é conhecida pelos All Blacks – revelam imaturidade tática e limitações técnicas, principalmente no setor defensivo, que ficaram bem patentes nos dois jogos iniciais.
Ainda assim, depois de uma estreia pobre em termos exibicionais, a seleção neozelandesa deu outra imagem diante do México, muito por culpa de uma frente de ataque intensa e de um avançado (Chris Wood) que é sempre uma ameaça à baliza adversária – recorde-se que o neozelandês foi o melhor marcador do Championship, na temporada transata. Dificuldades que Fernando Santos já identificou. Falta um passinho para as meias.
É a grande ameaça ofensiva dos neozelandeses.
Chris Wood, internacional holandês por 51 vezes - marcou 20 golos - não é um ponta-de-lança elegante, mas sabe usar o seu 1,91 para criar problemas aos adversários. Já marcou nesta Taça das Confederações.
Diante de uma seleção que vai procurar os confrontos físicos e o jogo aéreo, aquilo que pode fazer diferença a favor da equipa das Quinas é o maior talento dos jogadores portugueses.
Os neozelandeses querem a bola pelo ar. Cabe aos portugueses roubá-la, pelo chão.
Nova Zelândia | Portugal | |||
8 | 4 | Posição | 2 | 7 |
8 | 0 | Pontos | 4 | 7 |
8 | 1 | Golos marcados | 3 | 7 |
8 | 4 | Golos sofridos | 2 | 7 |
2 | Jogos | 2 | ||
1 | Golos Marcados | 1 |