À segunda jornada, a primeira queda na Taça das Confederações. Depois de ter conseguido sonhar durante algum tempo, graças ao golo de Chris Wood, a Nova Zelândia foi derrotada pelo México com reviravolta e é a primeira equipa a dizer adeus à prova, depois de dois jogos sem qualquer ponto somado.
Era esperada uma revolução no onze do México, face à tendência do selecionador Juan Osorio para as mudanças frequentes, e não houve surpresas: oito mudanças na equipa inicial, com jogadores como Chicharito, Carlos Vela ou Herrera a serem relegados para o banco de suplentes. Do lado neo-zelandês, duas mudanças, incluindo a entrada de um lateral de 18 anos acabados de fazer, Dane Ingham.
Claro favorito antes do apito inicial, o México acabou por exibir sérias dificuldades no segundo tempo, com esta renovada equipa a não demonstrar a coesão necessária e a permitir avanços aos All Whites (hoje disfarçados de All Blacks). Os avisos chegaram cedo: um livre levou sério perigo à baliza de Talavera no primeiro quarto de hora e Tommy Smith obrigou o guardião mexicano - que rendeu Ochoa no onze - a fazer uma difícil defesa.
Ainda antes do fim da primeira meia hora, nova defesa de qualidade de Talavera, que voltaria a conseguir travar os kiwis aos 37', negando o golo a Chris Wood. Cheirava a golo neo-zelandês, contra todas as expectativas, e o mesmo Chris Wood acabaria por se tornar herói, embora o estatuto não tenha durado muito tempo. Perto do intervalo, Lewis fez um passe em desmarcação, a defesa mexicana não conseguiu travar Wood e o ponta-de-lança não tremeu perante o guarda-redes adversário, trazendo uma surpreendente vantagem.
Se a primeira parte tinha mostrado uma Nova Zelândia a ultrapassar os limites que lhe eram apontados, a segunda foi bem mais de acordo com as previsões. Os mexicanos acordaram, procuraram a reviravolta e começaram a somar ocasiões. Giovani dos Santos falhou por pouco o alvo aos 50' e Chris Wood ainda teve uma ocasião para aumentar a vantagem de seguida, mas Talavera manteve o México em jogo e Raúl Jiménez apareceu de seguida.
O avançado do México - e do Benfica - recebeu um passe de Fabián à entrada da área, rodou sobre si mesmo e atirou forte ao canto superior esquerdo, sem hipóteses para o guardião Marinovic. Estava reposta a igualdade e face à transfiguração mexicana após o intervalo o golo não era tão surpreendente assim.
Haveria ainda reviravolta neste segundo tempo, com Oribe Peralta a dar a machadada final nos kiwis. Aquino arrancou pela esquerda, passou por um defesa e entregou ao colega, que sem grandes problemas colocou a bola no fundo das redes e deu ao México uma vantagem preciosa. Uma vantagem que ainda poderia ter escapado se Thomas tivesse tido melhor sorte aos 86 minutos, mas a bola acertou com estrondo na barra de Talavera e os três pontos ficaram do lado mexicano.